129.º aniversário da Ponte Eiffel assinalado com protesto pela demora das obras

O 129.º aniversário da ponte Eiffel de Viana do Castelo vai ser "ruidosamente" assinalado, sábado, com o rufar de 129 bombos, naquela que será mais uma manifestação de protesto dos utentes pelo prolongado encerramento do tabuleiro rodoviário da estrutura.

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"Desde que o tabuleiro está fechado [01 de Fevereiro de 2006], os habituais utilizadores têm sido os verdadeiros bombos da festa, e é essa a mensagem que pretendemos fazer passar no dia em que se assinala mais um aniversário da travessia", disse o porta-voz da Comissão de Utentes da Ponte Eiffel.

Segundo Arménio Belo, o encerramento da ponte colocou as cerca de 20 mil pessoas que vivem no lado de Darque "numa península, completamente isoladas", uma situação que acarreta "elevados" prejuízos e provoca transtornos "impossíveis de contabilizar".

No 128º aniversário da ponte, os utentes optaram por uma marcha silenciosa sobre a travessia, iluminada por tochas.

A centenária ponte metálica de Viana do Castelo foi encerrada ao trânsito rodoviário, a 01 de Fevereiro de 2006, para obras de alargamento e recuperação, que, segundo o prazo inicialmente fixado, deveriam estar concluídas em finais de Julho desse mesmo ano.

No entanto, os trabalhos foram suspensos devido a problemas de corrosão, detectados após a remoção do tabuleiro, que obrigaram à realização de novos estudos, análises e ensaios "mais complexos e aprofundados", sob orientação do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

O prazo de conclusão das obras aponta agora para finais de Outubro.

Entretanto, e segundo anúncio feito terça-feira pela REFER, a empreitada de consolidação e reforço dos pilares da ponte Eiffel de Viana do Castelo arrancará na terceira semana e estará concluída em Fevereiro de 2008.

Prevista há cerca de seis anos, a empreitada foi posta a concurso público por 2,9 milhões de euros e contempla uma monitorização de todos os pilares, com particular incidência sobre o quinto, por ser o central, além da reabilitação das cantarias, colocação de cintas metálicas e recurso a micro-estacas, com cerca de 20 metros de profundidade, para garantir a verticalidade.

No leito do rio, serão feitas protecções aos pilares, através de enrocamento.

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