País
90 anos de Rádio Pública. "Hoje a rádio é a notícia"
A rádio pública assinala, esta segunda-feira, nove décadas de existência. São 90 anos de emissões a informar e entreter os portugueses. E por isso hoje a notícia é a rádio - que se crê moderna, apesar da longevidade, e confiável, a evoluir tecnologicamente, a acompanhar o presente e com olhos postos no futuro. Ao longo de todo o dia, numa emissão especial, a Antena 1 será palco de memórias e de celebração.
Frederico Moreno coordena as manhãs informativas da Antena 1. E não foi diferente neste "dia muito especial" em que a rádio celebra nove décadas.
“Hoje a notícia são os 90 anos da rádio, claro. É manchete”, disse com um toque de humor.
Há quase 20 anos a fazer jornalismo na rádio, admitiu o "orgulho de fazer parte desta instituição".
"A rádio tem um papel fundamental para informar os ouvintes, para lhes dar não só informação mas também companhia”.
Apesar de ser uma instituição com uma certa idade, continua a "prestar um serviço público importantíssimo, com informação rigorosa, sem sensacionalismo". E para as equipas que continuam a dar vida à rádio pública pesa a "responsabilidade de fazer um bom trabalho e honrar a história desta grande instituição”.
Há quase 20 anos a fazer jornalismo na rádio, admitiu o "orgulho de fazer parte desta instituição".
"A rádio tem um papel fundamental para informar os ouvintes, para lhes dar não só informação mas também companhia”.
Apesar de ser uma instituição com uma certa idade, continua a "prestar um serviço público importantíssimo, com informação rigorosa, sem sensacionalismo". E para as equipas que continuam a dar vida à rádio pública pesa a "responsabilidade de fazer um bom trabalho e honrar a história desta grande instituição”.
E há "muita gente nova" nesta rádio de 90 anos, que honra o passado, transforma o presente e prepara o futuro da instituição.
Visão partilhada também pelo diretor de Informação da Antena 1, que vê a "rádio dos dias de hoje" como uma rádio "que se quer moderna e, sobretudo, atenta ao mundo que a rodeia". Admitindo que há cada vez mais desinformação, Mário Galego sublinhou o papel fundamental da rádio para "verificar tudo o que é verdade".
“Lidamos diariamente com informações que nos chegam e que não são corretas, verdadeiras. E esse é um papel muito importante no dia de hoje, sobretudo com a proliferação de redes sociais e outros órgãos que trazem até à nossa sociedade notícias”.
A rádio, antes de tudo, "tem de contar ao público as informações mais credíveis, mais verdadeiras". E não tem dúvidas de que é "esse o grande desafio atual da rádio”.
A rádio, antes de tudo, "tem de contar ao público as informações mais credíveis, mais verdadeiras". E não tem dúvidas de que é "esse o grande desafio atual da rádio”.
E para quem achava que a rádio, enquanto meio de comunicação, estava ultrapassada, o apagão de 28 de abril mostrou o contrário. Quando praticamente não havia comunicações, a rádio conseguiu manter emissões e os portugueses informados.
“A rádio continua a fazer muita falta. E vai continuar a fazer muita falta. O apagão serviu para mostrar à nossa sociedade que a rádio está perto das pessoas”, relembrou o jornalista. "A rádio continua a ter um papel fundamental para a nossa sociedade”.
E por isso reforçou: "Temos a obrigação de confirmar [a informação] e a credibilidade que a rádio tem vem exatamente daí: dar, a quem nos ouve, a verdadeira informação”.
E por isso reforçou: "Temos a obrigação de confirmar [a informação] e a credibilidade que a rádio tem vem exatamente daí: dar, a quem nos ouve, a verdadeira informação”.
90 anos e futuro em vista
São 90 anos. De passado. Mas há muitos mais para a frente. É o que acredita o jornalista Mário Galego.
“Não só na informação, toda a rádio tem de passar pelo meios novos de distribuição de sinal", afirmou, sem esquecer que o futuro passa por saber "chegar a todo o público".
"A rádio tem de estar sempre presente, onde está qualquer português, qualquer ouvinte da rádio pública Portuguesa”.
“Não só na informação, toda a rádio tem de passar pelo meios novos de distribuição de sinal", afirmou, sem esquecer que o futuro passa por saber "chegar a todo o público".
"A rádio tem de estar sempre presente, onde está qualquer português, qualquer ouvinte da rádio pública Portuguesa”.
Nuno Reis, o diretor dos canais de rádio da RTP, vê a rádio de hoje como uma "rádio seguramente muito diferente da que nasceu há 90 anos". Atualmente, é "tecnologicamente mais avançada, com muitos mais canais não só em FM mas no Online” e que chega a "muitos públicos" e com "uma panóplia de conteúdos".
A rádio pública é mais abrangente, não inclui apenas as mais conhecidas Antena 1, Antena 2 e Antena 3. É um “universo muito maior”, com a RDP África e a RDP Internacional, que transmitem “para todo o mundo”, e ainda “as operações regionais das ilhas” e uma série de “canais digitais”.
“Há um mundo de conteúdos”, frisou Nuno Reis, que acredita que hoje "falar de rádio é um bocadinho redutor".
"Já começamos a falar mais de áudio e não apenas de rádio, e isso é uma dimensão que vamos introduzir nas nossas equipas (…) e é uma mais-valia, porque dá para fazer muito mais além das plataformas FM”.
Sem esquecer o "passado que temos de defender e que nos honra muito", Nuno Reis sabe que "para a frente é o caminho".
"Temos de continuar a inovar, procurar novas formas de fazer conteúdos e trazer pessoas novas. Temos de chegar a novos públicos (…). Esse é um grande desafio: tornar a rádio relevante para esses novos públicos que vão surgindo”.
A rádio pública é mais abrangente, não inclui apenas as mais conhecidas Antena 1, Antena 2 e Antena 3. É um “universo muito maior”, com a RDP África e a RDP Internacional, que transmitem “para todo o mundo”, e ainda “as operações regionais das ilhas” e uma série de “canais digitais”.
“Há um mundo de conteúdos”, frisou Nuno Reis, que acredita que hoje "falar de rádio é um bocadinho redutor".
"Já começamos a falar mais de áudio e não apenas de rádio, e isso é uma dimensão que vamos introduzir nas nossas equipas (…) e é uma mais-valia, porque dá para fazer muito mais além das plataformas FM”.
Sem esquecer o "passado que temos de defender e que nos honra muito", Nuno Reis sabe que "para a frente é o caminho".
"Temos de continuar a inovar, procurar novas formas de fazer conteúdos e trazer pessoas novas. Temos de chegar a novos públicos (…). Esse é um grande desafio: tornar a rádio relevante para esses novos públicos que vão surgindo”.
A jornalista e produtora da Antena 1 Rita Roque também está certa de que há muito futuro ainda para a rádio pública portuguesa.
“Há anos que se diz que a rádio vai acabar. Não é verdade e nós contamos com os mais jovens”, disse enquanto trabalhava na emissão especial da manhã.
As próximas nove décadas da rádio estão na mãos das novas gerações e dos que nos dias de hoje trabalham e honram esta instituição.
“Se os mais jovens tiverem esta paixão, que nós nestes 90 anos temos tido, com certeza que a rádio não vai acabar. Antes pelo contrário, vai reinventar-se”.
A rádio é entretenimento, é música, é informação. É confiança e modernidade.
"Apesar dos nossos 90 anos, temos de ser isso mesmo: temos de ser também futuristas, quando estamos no presente e também quando olhamos para o passado”.