"A batalha é uma batalha por Portugal", afirma o Presidente República

por RTP

Estivemos todos “unidos por uma causa nacional. Aqui a batalha é uma batalha por Portugal. É a batalha de todos os portugueses e de todos os responsáveis políticos, económicos e sociais”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas no final do encontro.

Além do Chefe de Estado, também o presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro, a ministra da Saúde e a diretora-Geral da Saúde e líderes partidários estiveram presentes na reunião.

O Presidente da República frisa que o encontro serviu para “cimentar um espírito de coesão e unidade”.

O Presidente da República anunciou que a iniciativa se vai repetir com “periodicidade” e destaca o “papel essencial dos especialistas”.

“Em geral daqueles que no domínio da saúde têm tido um contributo único no enfrentar da crise. Os que estudas, os que investigam, os que vão analisando os dados. Mas também os que vão agindo e desde logo vão agindo no terreno. Os profissionais de saúde. Um obrigada não é suficiente”.

“Todas as palavras são poucas para agradecer esse contributo".

Marcelo Rebelo de Sousa considera que “todos os portugueses” são “grandes batalhadores neste combate nacional”.

“Os especialistas são unanimes ao dizer que estamos perante uma mola - que é esta pandemia - que se não for contida nesta fase por uma pressão muito firme naturalmente tende a multiplicar de forma imprevisível os efeitos negativos na saúde e na vida dos portugueses”.

O chefe de Estado frisa que os “portugueses têm aderido massivamente a esse apelo nacional. É preciso manter a compressão na mola, dizem os especialistas”.

“São semanas estas que se seguem fundamentais, são semanas que seguem até à Páscoa. E os portugueses são os primeiros a compreender que vale bem o sacrifício de uma Páscoa passada em termos tradicionais por aquilo que se ganha em termos de saúde e de vida dos portugueses”. 

O Chefe de Estado lembrou que o estado de emergência em vigor termina a 2 de abril, pelo que antes terá de ser tomada uma decisão sobre um eventual prolongamento por mais 15 dias, o que exigirá nova "ponderação conjunta" dos responsáveis políticos e dos especialistas no domínio da saúde".

Numa altura em que há 2.362 casos de infeção pelo coronavírus confirmados, o Presidente da República frisou que tem havido uma "preocupação que é visível nos números" e que passa por ter um "crescimento [de novos casos] menos exponencial do que se esperava".

"Isto significa que a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde é menor e que o pico pode deslocar-se".

Marcelo Rebelo de Sousa considera que o pico será alcançado, "pode ser um pouco depois de 14 de abril".

O Presidente da República acrescentou que depois do pico há uma estabilização depois da qual se "começa a descer".

“Estamos todas a remar no mesmo sentido. E vamos remar no mesmo sentido. E esse é o sinal mais positivo desta reunião. Nós em pequenino fizemos aquilo que os portugueses estão a fazer em grande nas suas casas. Mas também aquilo que estão a fazer os que estão a trabalhar por todo o país. Que é unir-nos”, sublinhou. 
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