A construção do IC36 foi anunciada pelo Governo em 2008, com 2011 como prazo de conclusão das obras, intervenção que ao longo destes quatro anos foi marcada pelas reivindicações de partidos e autarcas, que recusavam portagens neste lanço, mas também pelos protestos da população.

A divisão da freguesia dos Pousos, numa das zonas do troço, levou mesmo o caso a tribunal e à Assembleia da República, mas as intenções da população em travar as obras nunca tiveram sucesso.

"O IC36 irá desbloquear a pressão rodoviária na cidade, sobretudo no IC2, já que irá retirar as viaturas que pretendiam fazer a passagem da A1 para A8 e será melhor para os leirienses que eram confrontados com filas", disse hoje o presidente da Câmara de Leiria à Agência Lusa.

"Há para já um senão: o facto de a travessia do IC36 custar 50 cêntimos, de ser portajada", lamentou Raul Castro.

O lanço - que abriu cerca das 20h00, apesar de estar anunciada para as 18h00 pela Estradas de Portugal - começa na zona do Nó de Leiria da A8 e termina na Circular Oriental de Leiria, na zona do Nó de Pousos, estando a circulação limitada aos 100km/hora.

As taxas de portagem variam entre 0,5 e 1,3 euros para percorrer este sublanço da A8, dependendo da tipologia do veículo, informa a Estradas de Portugal, em comunicado.

Para circular neste troço, os utilizadores devem possuir Via Verde ou proceder ao pagamento voluntário da taxa de portagem, dirigindo-se aos balcões dos CTT e da rede `Payshop`, no prazo de cinco dias úteis, contados a partir do segundo dia após a passagem, bastando para isso indicar o número da sua matrícula.

O IC36 integra a Concessão Litoral Oeste que, para além da duplicação do IC2 na zona de Leiria, da construção do IC9 e das Variantes de Alcobaça e da Nazaré, num investimento estimado em 260 milhões de euros.