Os acidentes, que não tiveram relação directa entre si, envolveram mais de meia centena de veículos. Segundo a Protecção Civil, o acidente que ocorreu no sentido Aveiro-Viseu terá sido o primeiro. Minutos depois, a centenas de metros e em sentido inverso, ocorre outro acidente.

"Foi um acidente muito complicado. Foi um acidente com muita gravidade e de grande violência", afirmou António Machado, da ANPC. O INEM fala de "cenário aterrador". Entre as vítimas mortais estão duas crianças.

Os acidentes obrigaram ao corte da auto-estrada em ambos os sentidos e ao longo de 15 quilómetros, entre o Carvoeiro e o nó de Reigoso, entre os quilómetros 33 e 48. A circulação automóvel foi desviada para a Estrada Nacional n. 16 (Aveiro-Viseu) e para o Itinerário Principal 13 (Coimbra-Viseu).

"Não é possível prever quando a circulação normal será retomada" dizia a GNR de Aveiro durante a tarde de segunda-feira. Às 20h45, a circulação nos dois sentidos continuava interrompida.

Os feridos foram levados para os hospitais de Aveiro, Santa Maria da Feira, Águeda, Hospitais da Universidade de Coimbra, Hospital dos Covões, Viseu e Santa Maria (Lisboa).

Nas operações de socorro participaram 189 viaturas do INEM, bombeiros e polícia. O pessoal médico observou feridos ligeiros e prestava apoio psicológico em dois hospitais de campanha que o INEM montou no local.

As operações de socorro estão a ser dificultadas pela chuva e pelo nevoeiro que faz junto ao nó de Talhadas, tornando as manobras mais lentas.

Ainda não foi apurada a causa dos acidentes, embora fonte do CDOS os relacione com "as primeiras chuvas" e com o nevoeiro que se verificou na região. Também um oficial da GNR no local apontava as "condições atmosféricas adversas" para a circulação automóvel.

Segundo o major Nelson Couto, a desobstrução da via "deverá ser demorada" e os trabalhos devem prolongar-se pela madrugada.