Administração Interna fecha discoteca Urban Beach

por RTP
Num vídeo divulgado nas redes sociais pode ver-se alegados seguranças do clube noturno a agredirem dois homens YouTube

O Ministério da Administração Interna determinou na última noite o encerramento da discoteca K Urban Beach, em Lisboa, “na sequência dos acontecimentos da madrugada de 1 de novembro”.

Após a publicação de imagens que mostram dois seguranças do estabelecimento noturno a agredirem um jovem no chão, o Ministério da Administração Interna revelou, em comunicado, que o K Urban Beach foi encerrado esta madrugada.

Em causa está a agressão da madrugada de 1 de novembro. Mas, de acordo com a nota à Comunicação Social, a decisão assentou em mais de 30 queixas recebidas pela PSP durante o ano de 2017.

Com a propagação das imagens nos meios de comunicação, o Ministério Público decidiu abrir um inquérito sobre as agressões, numa investigação que decorre em articulação com a PSP.

O vídeo em questão foi divulgado nas redes sociais e é possível ver alegados seguranças do Urban Beach a agredirem violentamente dois homens, que aparentemente estavam indefesos e não demonstravam qualquer resistência.

Na nota enviada às redações pode ler-se que "a notificação do despacho do Ministro da Administração Interna foi feita cerca das 4h30 e o estabelecimento encerrado com a evacuação das pessoas que se encontravam no interior".

A TVI24 avançou também que um dos seguranças das imagens acabou por ser detido.

A mesma nota a decisão do MAI revela ainda que a decisão de fechar o espaço foi tomada após audição do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Colaboração com as autoridades
O administrador do espaço noturno revelou que está disponível para ajudar as autoridades no decurso da investigação. Em declarações à agência Lusa, Paulo Dâmaso disse que é um problema de segurança na via pública, repudiando a ação dos seguranças do estabelecimento.

Dâmaso declarou que o crime "tem uma cara visível", como se pode ver nas imagens que circulam nas redes sociais, e insiste na ideia de que se trata de um crime na via pública e que a responsabilidade sobre os seguranças é exclusiva da empresa PSG.

O responsável do Urban Beach anunciou que as incidências do caso já estão nas mãos dos advogados e lamenta o facto de as agressões dos seguranças do recinto noturno tenham tido tanta repercussão mediática.

O gestor da discoteca lembrou também já ter pedido um contingente de segurança reforçado nas imediações dos seus estabelecimentos para evitar situações de violência na via pública.

"O Grupo K tem uma estrutura de diversão noturna com trinta anos espalhada por diversas casas de norte a sul do país e a sua imagem está a ser posta em causa por factos que estão perfeitamente identificados de terceiros", acrescentou Paulo Dâmaso.
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