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Administrador do hospital de Amarante já vê "sinais positivos" para o futuro

por Agência LUSA

O administrador do hospital de Amarante, Albano Tamegão, disse haver "sinais positivos" relativamente ao futuro desta unidade, depois de uma reunião com a administração do hospital Padre Américo/Vale do Sousa.

O clínico, que no início da semana havia declarado à Lusa não estar disponível para ser o "coveiro" do hospital de Amarante, manifestou, agora a convicção de que se possa constituir "um centro hospitalar modelar" nesta cidade a partir da junção dos dois hospitais.

"As conversações têm sido positivas para o nosso hospital e até poderá acontecer que venhamos a ganhar mais do aquilo que vamos perder", afirmou o administrador, que no entanto continua a defender como melhor solução para os utentes de saúde da região do Baixo Tâmega a criação de uma Unidade Local de Saúde (ULS).

Uma delegação composta pelos presidentes da câmara e da assembleia municipal de Amarante, Manuel Pizarro, deputado socialista do distrito e membro da Comissão de Saúde na Assembleia da República, vai defender dia 27, numa audiência com o ministro António Correia de Campos, a criação de uma ULS para a região do Baixo Tâmega e do Douro Sul, com uma população estimada de 250 mil pessoas.

"O principal objectivo continua a ser a existência de uma Unidade Local de Saúde", acentuou Albano Tamegão que, cumprindo instruções do Ministério da Saúde, tem vindo a reunir-se nos últimos dias com os seus colegas do hospital do Vale do Sousa para a elaboração de um estudo preparatório da instalação de um centro hospitalar com as duas unidades, o qual terá de ser entregue até 15 de Julho.

"Se, porventura, o Ministério da Saúde entender que a ULS não é contemplável, resta-nos trabalhar para a constituição de um centro hospitalar em que o hospital de Amarante não perca importância, podendo até ganhar valências, consultas e tratamentos de especialidades que hoje não tem", sublinhou Albano Tamegão.

O responsável considerou que os centros hospitalares "podem ser uma coisa boa ou uma coisa má" e apontou o caso dos hospitais de Peso da Régua e de Ponte de Lima como exemplos do que não quer ver repetido em Amarante.

Estes dois hospitais foram integrados nos centros hospitalares de Vila Real e do Alto Minho, hoje tidos como "meras unidades de retaguarda e de internamento de doentes crónicos e de cuidados continuados".

A manutenção do serviço de urgência médico-cirúrgica do Hospital de Amarante até às 22:00 também está contemplada no acordo entre este hospital e o Padre Américo/Vale Sousa, carecendo, embora, de ser ratificada pelo Ministério da Saúde.

A situação no hospital de Amarante, cuja maternidade vai ser fechada até final do ano tem sido acompanhado por deputados de todos os partidos da oposição.

Bloco de Esquerda, PSD e PCP apresentaram no Parlamento diversos requerimentos com o objectivo de saber que funções o ministro da Saúde pretende atribuir ao Hospital de S. Gonçalo, uma unidade hospitalar que serve actualmente cerca de 175 mil habitantes.

O PSD/Amarante anunciou a realização de uma vigília pela defesa da maternidade e da urgência a 26 de Junho, entre as 22:00 e as 23:00, na véspera da audiência que o ministro da Saúde concede à delegação local mandatada pela Assembleia Municipal.


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