Em declarações à Agência Lusa, José Campos explicou que os três sistemas de abastecimento atingiram o limite das suas capacidades e que a ruptura pode ocorrer em caso de "abaixamento significativo das captações".

Garantiu, contudo, que até ao momento o abastecimento tem funcionado normalmente, no que respeita à quantidade e à qualidade de água.

O autarca disse que a seca agravou o problema, que já se encontrava diagnosticado e com investimentos programados em novas captações.

"Para resolver o problema em Santiago do Cacém, sede do município, temos um projecto, assente em captações existentes nos Escatelares, que visa criar uma maior reserva de água. Deverá estar concluído dentro de um ano e meio a dois anos", disse.

Nos casos de Cercal do Alentejo e Alvalade-Sado, a autarquia prevê também criar novas captações, estando o processo em fase de adjudicação.

Outro caso no concelho passa pela falta de pressão da água na costa de Santo André, um problema que apenas se verifica pontualmente durante o Verão, em horas de grande utilização, depois do regresso da praia.

"Aqui a situação é diferente. Durante todo o ano, o abastecimento de água é mais do que suficiente. No Verão, entre as 19:00 e as 23:00, a água tem pouca pressão fruto do afluxo de utilizadores", explicou José Campos.

Segundo o autarca, a criação de um reservatório que encha durante o período de menor utilização para depois compensar, evitando a falta de pressão da água, será a solução a adoptar.

Para sensibilizar a população para a necessidade de poupar água, a autarquia está a desenvolver uma campanha com mensagens nos recibos da água e distribuição de panfletos aos munícipes.

"Não sendo uma situação dramática, é preocupante e é preciso que a população tome algumas medidas", salientou.

RE.

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