Albino Almeida reeleito presidente da CONFAP - RECTIFICAÇÄO
Albino Pinto de Almeida foi no passado fim-de-semana reeleito presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), com 365 votos, contra os 116 conseguidos por Maria Helena Dias, que encabeçava a lista opositora.
Ao contrário do que foi divulgado domingo, Vítor Sarmento, antigo presidente da CONFAP, não liderou nem integrou qualquer lista, embora tivesse apoiado a equipa de Maria Helena Dias.
O acto eleitoral decorreu em Paredes de Coura, integrado no XXX Encontro Nacional de Associações de Pais, tendo ainda sido registados 21 votos brancos e nulos.
Neste encontro, Vítor Sarmento e Roberto Carneiro foram eleitos sócios honorários da CONFAP, o que acontece pela primeira vez na história da confederação.
Para os seus próximos dois anos de mandato, a lista de Albino Almeida elegeu como objectivo prioritário acompanhar, influenciar e pressionar o Governo para concretizar as medidas preconizadas no "Manifesto para a Educação em Portugal", nomeadamente a criação urgente da figura do provedor da criança.
Segundo Albino Almeida, a criação daquele provedor "é fundamental para que o interesse da criança e da educação prevaleça sobre os interesses que há à volta da criança e na educação".
Paralelamente, a CONFAP vai também reivindicar a revogação da lei do estatuto não superior, por considerar que a actual "incentiva a pôr rapidamente fora da escola o aluno que tem problemas, contribuindo para o insucesso e o abandono escolar".
Outro dos cavalos de batalha será a criação de uma legislação laboral que facilite e promova a presença dos pais na escola, de forma a poderem acompanhar de perto e participar activamente na evolução da aprendizagem dos seus educandos.
As linhas mestras deste Manifesto para a Educação em Portugal, que está a ser elaborado pela CONFAP, foram, antes das eleições, apresentadas a todos os partidos políticos, "que unanimemente disseram que estavam de acordo com elas".
Agora, a CONFAP vai apresentar o documento à nova ministra da Educação, de quem espera a mesma abertura para pôr em prática as medidas nele preconizadas.
"A nova ministra tem a vantagem de não estar ligada aos interesses na Educação, o que pode significar que possa pôr os interesses da Educação acima dos interesses na Educação. Se assim for, já seria obra, já se faria muita coisa boa pela Educação em Portugal", salientou Albino Almeida.
Mas para a CONFAP a questão da Educação não deve ser "agarrada" apenas pela ministra da tutela, mas sim pelo próprio primeiro-ministro, a quem apelou para "meter as mãos na massa e articular as várias políticas" em prol do sector.
"O primeiro-ministro tem de dizer que a Educação é uma prioridade, sensibilizando para ela o ministro das Finanças", referiu Albino Almeida, lembrando que "há coisas que sem dinheiro não se conseguem fazer".