Ambiente na freguesia de Alcantara mais calmo enquanto se estimam estragos

O presidente da Junta de Alcântara, em Lisboa, avançou hoje à agência Lusa que o ambiente na freguesia "está mais calmo" depois da chuva forte de terça-feira que provocou diversas inundações, estando a ser estimados os prejuízos.

Lusa /

"Está tudo muito mais calmo. Encontram-se no local o regimento de sapadores que estão a retirar água de duas caves que ainda estão alagadas, há equipas de limpeza da junta no terreno, equipas de saneamento da câmara, até ao final do dia penso que estará tudo regularizado", explicou Davide Amado.

Na terça-feira, 16 pessoas foram retiradas das habitações e outras seis de um supermercado na sequência das inundações provocadas pelo mau tempo, com apenas uma pessoa transportada ao hospital por precaução.

De acordo com o autarca, houve "algumas pessoas que não voltaram a casa", tendo ficado em alojamentos da Santa Casa da Misericórdia, uma solução que poderá ir além dos três dias caso haja necessidade, explicou.

"Nem todas as pessoas ficaram alojadas na Misericórdia, algumas ficaram em casa de familiares. Outras voltaram no próprio dia, uma vez que as habitações já tinham condições de habitabilidade", acrescentou.

Davide Amado disse que estavam apurados os valores dos estragos causados pelo mau tempo que se registou nos dias 07 e 08 de dezembro, sem os adiantar, mas que agora, "se vão somar mais prejuízos, que estão a ser estimados".

A chuva intensa e persistente que caiu na madrugada de terça-feira causou mais de 3.000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.

No total, há registo de 83 desalojados, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), e o mau tempo levou também ao corte e condicionamento de estradas e linhas ferroviárias, que têm vindo a ser restabelecidas.

Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, situação que está regularizada na maior parte dos casos.

Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto.

Segundo a ANEPC, estão "cinco planos municipais de emergência ativos", quatro no distrito de Portalegre e um em Santarém, mantendo-se em estado de alerta amarelo os planos especiais de emergência para as bacias dos rios Tejo e Douro devido ao risco de cheias.

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