Análises a amostras de alimentos suspensas há dois meses por falta de verba

por Lusa

A falta de verba levou a que análises a amostras de produtos alimentares deixassem de ser feitas há dois meses no Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LNIV), acusou hoje um dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública.

"Há perto de dois meses que, por dificuldades orçamentais, não foram adquiridos os reagentes para fazer as análises", disse Manuel Ramos à agência Lusa.

Deste modo, acrescenta, a estarem a ser realizadas, as análises só poderão ser feitas por "laboratórios privados não credenciados", acusa uma nota emitida hoje pela federação sindical.

A acusação, ocorre depois de ter sido noticiado pelo Jornal de Notícias que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) deixara de recolher amostras para análises, o que poderia colocar em causa a saúde pública.

Em declarações à agência Lusa, o inspetor-geral da ASAE, António Nunes, confirmou que a Direção-Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV) deixou de pedir, no final de março, a colaboração da instituição que dirige para recolher amostras.

O diretor da DGAV, Nuno Vieira e Brito, disse, entretanto, que esse trabalho passou a ser feito pelos inspetores sanitários da Direção Geral por uma questão de "racionalização de recursos".

A federação sindical veio agora dizer que as amostras recolhidas deixaram de ser analisadas no LNIV, a cujos técnicos foi mesmo dada indicação para "atirarem fora" as recolhas, que estavam a degradar-se á espera de serem analisadas.

"Estarão a ser feitas apenas aquelas análises cujos reagentes necessários o laboratório ainda tem", acrescentou Manuel Ramos.

 

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