A antiga residência oficial do presidente da Câmara de Lisboa está disponível para alojamento local. A casa é propriedade da autarquia mas foi concessionada e desde agosto recebe turistas.
Está disponível para alojamento local - e é também a casa do presidente da Câmara Municipal de Lisboa - propriedade da autarquia.
Foi construída nos anos 80 para ser a residência oficial - a placa que o comprova ainda lá está. Mas a lei entretanto mudou e não prevê casas oficias para autarcas.
Pode já não ser residência oficial, mas já lá moraram vários presidentes da Câmara Municipal de Lisboa, incluindo António Costa e Pedro Santana Lopes. Um grupo de oito pessoas que queira passar o próximo fim-de-semana aqui, nesta casa, gasta perto de 1800 euros. A noite de passagem de ano, por exemplo, já está reservada.
O anúncio está disponível no site de reservas Booking, e esteve também noutro site - o Airbnb - mas foi apagado na tarde desta segunda-feira.
No final de uma cerimónia para apresentar as novas regras de limitação ao alojamento local, Fernando Medina, disse que não vê problema na utilização da casa.
É alojamento local desde agosto deste ano. E a empresa que venceu o concurso e ganhou a concessão de vários espaços em Monsanto, esclarece à RTP que são "destinados a alojamento local de curta duração, ou para a realização de eventos e restauração".
Pelo conjunto de terrenos e e edifícios, a empresa MCO II paga por mês 2600 euros IVA, mas fez também uma reabilitação que custou 3,7 milhões de euros.
A Câmara Municipal diz que todos os dados do negócio são públicos e consultáveis e não há nenhuma novidade neste caso. É verdade que o tema não é novo - foi introduzido na campanha autárquica no ano passado como um "negócio lesivo" pelo agora ex-vereador do Bloco, Ricardo Robles