António Cluny acredita que é preciso tempo para profissionais da Justiça se adaptarem às reformas

O presidente da associação MEDEL – Magistrados Europeus pela Democracia e as Liberdades, António Cluny, considera que os profissionais de Justiça vão precisar de tempo para se adaptarem às reformas em curso no setor.

Sandra Henriques /

Foto: Lusa

Em entrevista ao jornalista da Antena1 Mário Rui Cardoso neste dia de abertura do ano judicial, António Cluny recorda que “houve muitas reformas na área da Justiça que, por não ter havido tempo suficiente de maturação cultural dos agentes que a têm que aplicar, acabaram por ser interpretadas à luz daquilo que se vinha fazendo”.

“Era importante dar um tempo de entrada em vigor suficientemente lato para que a reforma fermentasse na cobertura e se interiorizasse na prática de quem a tem que aplicar, para que quando o código entrasse efetivamente em vigor não acabasse por ser interpretado à luz do código anterior, o que já aconteceu em pequenas reformas e as liquidou imediatamente”, observa.

O antigo presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e atual líder da MEDEL, que junta 17 organizações de juízes e procuradores de 11 países, afirma ainda que não basta criar um novo mapa judiciário, pois é preciso motivar e apostar na especialização dos juízes.

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