Num comunicado hoje divulgado pelo Comando Metropolitano de Lisboa (COMLIS /PSP) refere-se que foram identificados "alguns autores" e apreendidas "algumas dezenas de cartas internacionais de condução", equipamentos informáticos e de co municações, dinheiro e documentação que permitiu identificar "cerca de três cent enas de vítimas".

Segundo a polícia, os autores das burlas colocavam anúncios em jornais de comunidades estrangeiras residentes em Portugal e o responsável de uma agência d e viagens informava os potenciais interessados que trataria "com todas as garant ias de legalidade" das cartas internacionais de condução.

Depois recebia uma fotografia tipo passe e as fotocópias do passaporte e c arta de condução estrangeira (título inválido para conduzir em Portugal), cobran do cerca de 75 euros pelos serviços.

O processo era enviado para pseudo-organizações, com sites na Internet, al egadamente da Irlanda e dos Estados Unidos, que usavam símbolos de organizadores de credibilidade internacional como as Nações Unidas.

Depois dos angariadores receberem as pseudo-cartas internacionais de um pa ís de Leste contactaram os destinatários que se deslocavam à referida agência pa ra receber o documento contra o pagamento de um valor entre os 250 e os 300 euro s.

O principal suspeito foi constituído arguido e ficou sujeito à medida de c oacção de Termo de Identidade e Residência (TIR).

Diversas pessoas começaram a conduzir em Portugal convencidas de que o do cumento que adquiriram era legal, acabando algumas por ser detidas pela polícia.

No mesmo documento a PSP informa que a Carta Internacional de Condução é o btida apenas no Automóvel Club de Portugal (ACP).