Armando Vara paga caução de 25 mil euros

Armando Vara terá de pagar uma caução de 25 mil euros. Além da caução o Juiz de Instrução Criminal de Aveiro indiciou Vara por um crime de tráfico de influência e proibiu o administrador suspenso do BCP de falar com outros arguidos do processo Face Oculta. Vara anunciou que vai recorrer já que, mais uma vez, diz não ser culpado de qualquer crime.

RTP /
Armando Vara vai recorrer das decisões do juiz do processo Face Oculta Estela Silva/Lusa

Armando Vara soube ontem das medidas de coacção impostas pelo juiz do processo Face Oculta, mas já anunciou que vai recorrer ao mesmo tempo que criticou a justiça por fazer julgamentos na praça pública.

O auto-suspenso vice-presidente do Millennium/BCP, Armando Vara, terá de pagar uma caução de 25 mil euros, está proibido de contactar com alguns dos outros arguidos, mas ficou indiciado porá penas um crime de tráfico de influência, o que significa menos um do que o que era pedido pelo Ministério Público.

Quanto aos arguidos com quem Armando Vara fica impedido de falar são João Godinho, Maribel Rodrigues, Manuel Godinho, Namércio Cunha e Hugo Godinho.

"Não existem indícios suficientes para a aplicação de qualquer medida de coacção para além do Termo de Identidade e Residência", considerou o advogado de Vara justificando o facto de recorrer da decisão.

Já Armando Vara declarou-se "frustrado" com a decisão, tendo em conta os esclarecimentos prestados ao juiz de instrução já que considera que a sua posição no processo deveria ser de "testemunha", mas garante que não irá desistir enquanto não provar "completamente" a sua inocência porque, garante, não ter cometido qualquer crime.

O ex-dirigente socialista deixou ainda fortes criticas à justiça porque "parece haver da parte da Justiça portuguesa uma tendência para o julgamento na praça pública, que é o que está a acontecer neste processo".

"Não sou culpado. Daquilo que me é permitido avaliar, houve indícios de indícios de indícios, coisas que em circunstância alguma poderiam levar a uma situação destas", acrescentou.

 

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