Assaltantes fugiram centenas de metros antes de serem parados por tiros da GNR
Loures, 12 Ago (Lusa) - A carrinha interceptada em Santo Antão do Tojal, numa perseguição que vitimou segunda-feira uma criança, percorreu apenas centenas de metros entre a zona onde se deu o furto e o local onde ocorreram os disparos da GNR.
De acordo com o que a agência Lusa pôde verificar no local, o terreno onde se situa o estaleiro com material de construção civil assaltado é servido por uma estrada em terra batida, que dá igualmente acesso a uma vacaria e que está vedada por uma corrente.
Segundo fonte da GNR, foram os trabalhadores da vacaria que deram o alerta, depois de terem sido alvo de ameaças por parte dos assaltantes.
Numa oficina próxima do local, um popular contou à Lusa que a corrente costuma estar aberta durante o dia, para permitir o acesso de camiões à vacaria, e só é colocada à noite.
A mesma fonte indicou que os proprietários do estaleiro residem no Norte do País e guardam algum material das obras "num barracão", num terreno adjacente à vacaria.
Outras testemunhas contactadas pela Lusa, que preferiram não ser identificadas, adiantaram que o estaleiro já tinha sido assaltado anteriormente.
Junto ao largo da Igreja, onde a carrinha foi interceptada e se deram os disparos que vitimaram a criança, populares que se encontravam num café e pediram o anonimato, afirmaram ter ouvido quatro ou cinco tiros, por volta das 17:00, seguindo-se "uma grande confusão, com carros da GNR e ambulâncias".
"Quando cheguei lá, vi o miúdo caído no chão. Os bombeiros chegaram logo a seguir", relatou uma destas testemunhas.
Cerca das 22:30, as ruas de Santo Antão do Tojal estavam calmas e o largo da Igreja, vazio, sem nada que indiciasse o que se passara algumas horas antes.
Apenas algumas pessoas comentavam ainda os últimos acontecimentos nos cafés locais.
RCR.