Autarca de Loures garante que as demolições vão continuar

Depois de recusar vários pedidos de entrevista, o presidente da Câmara de Loures quebrou o silêncio, nas redes sociais. Ricardo Leão publicou um vídeo, no qual se defende das críticas de que tem sido alvo, devido à demolição de habitações precárias ilegais, no Bairro do Talude.

Antena 1/RTP /
Lusa

O autarca socialista, que é recandidato em Loures nas eleições deste ano, garante que as demolições vão continuar. “Em Loures não promovemos barracas, promovemos dignidade. Não aceitamos que ninguémviva sem água, luz ou segurança”, diz.



O presidente da Câmara de Loures garante que o município tem disponibilizado ajuda às famílias afetadas que têm solicitado apoios sociais, devido à falta de casa.

O autarca socialista que tem recusado responder às perguntas dos jornalistas.
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Alguns dos 160 moradores desalojados estão a dormir em tendas e abrigos improvisados, depois de a autarquia de Loures ter demolido várias dezenas de casas ilegais. O Instituto de Apoio à Criança exigiu uma solução rápida que envolva um teto para as famílias.

O Movimento Vida Justa garante que, das 50 famílias que viviam no Bairro do Talude, apenas três têm por agora uma solução.

Muitas estarão ainda a viver ao relento ou em albergues.
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Questionado sobre as demolições levadas a cabo esta semana pela Câmara de Loures, Marcelo Rebelo de Sousa diz que é preciso perceber a gravidade das situações no Bairro do Talude em Loures e encontrar uma solução.

O presidente da República sugeriu várias perguntas que têm de ser feitas neste momento, mas não comenta a decisão da autarquia.
Marcelo Rebelo de Sousa afirma que "não tem nenhum poder sobre o poder local" mas considera que é necessário responder a várias perguntas sobre os 161 habitantes no bairro com habitações precárias.

"É preciso saber quem são elas. Trabalham? Descontam para a Segurança Social? Há quanto tempo lá estão? (...) Porque é que o problema só se levantou agora? Ou se se levantou há uns meses?", questiona.

O chefe de Estado considera que estas e outras perguntas devem ter resposta. 

"Senão acabamos por ficar com a sensação que se tapa aqui, remenda acolá, mas o problema global não está a ter solução".
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