"Pretendemos permanecer aqui até que haja uma comunicação formal por parte dos CTT de que a estação não encerra enquanto não houver uma reunião de trabalho com a freguesia da Ajuda e a Câmara de Lisboa para chegar a entendimento global sobre esta situação", explicou à Lusa o presidente da Junta, José António Videira.

O autarca, que se encontra nas instalações dos CTT da Ajuda com "eleitos da Assembleia de Freguesia de vários partidos", nomeadamente da "CDU, BE e PSD", assegura que o protesto contra o encerramento da estação pode prolongar-se durante a noite e até nos próximos dias.

"Estamos aqui porque está previsto, à revelia da Junta de Freguesia e da população, o encerramento de uma estação de correios que faz aqui muita falta, designadamente porque 25% da população da freguesia é idosa", alertou José António Videira, acrescentando que no exterior da estação estão "10 a 15 pessoas".

O autarca esclarece que a manifestação surgiu na sequência de uma carta dos CTT, recebida pela Junta na segunda-feira, em que a empresa dizia que "ia descontinuar o serviço [da estação dos correios da Ajuda] em breve, sem indicar qualquer data ou disponibilidade para uma reunião".

"Esta carta só surgiu quando, telefonicamente, recusàmos terminantemente a oferta, à freguesia, de um posto de correios. Ora, um posto não é a mesma coisa do que uma estação. A população precisa de uma estação de correios. Quando recusámos essa oferta é que enviaram a carta", explicou o presidente da junta.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP) confirmou a ação de protesto na estação dos CTT na Ajuda.

Segundo a fonte policial, dentro das instalações dos CTT da Ajuda encontra-se o presidente da Junta de Freguesia da Ajuda, acompanhado por "20 a 30 populares", que protestam contra o encerramento da estação de correios, ameaçando permanecer no local até que sejam recebidos por elementos da administração da empresa.

No local, estão alguns elementos da PSP para garantir a manutenção da ordem pública, sendo que, até ao momento, o protesto tem sido pacífico.