O troço entre Almeirim e Santo Estevão, que inclui três sub-lanços, tem uma extensão de 49 quilómetros e vem concluir a auto-estrada Almeirim/Marateca, que tinha dois sub-lanços, de 31 quilómetros, a funcionar desde Março de 2001.

Com um custo total de 240 milhões de euros, os perto de 80 quilómetros da nova auto-estrada vêm, segundo a concessionária das auto-estradas Brisa, dona da obra, "racionalizar" e "aumentar a eficácia" dos eixos rodoviários que ligam o Norte e o Sul do país, permitindo tanto a ligação ao Algarve como ao Baixo Alentejo, e daí a Espanha, sem ser necessário atravessar a Grande Lisboa.

Em Abril ficará concluída a ligação, em Benavente, entre a A13 e a A10, a auto-estrada que ligará Bucelas ao Carregado e esta localidade, através de uma nova travessia do Tejo, a Benavente.

O traçado da A13 no concelho de Benavente foi contestado, em 2001 e 2002, pela autarquia, empresários e proprietários de algumas herdades atravessadas, que chegaram a levar os argumentos da contestação a Bruxelas, invocando razões ambientais e a alteração do corredor reservado para esse fim desde 1989 (muito mais próximo da vila), mas sem sucesso.

A ligação directa da A13 ao nó da A1 em Santarém vai ter de esperar que a Estradas de Portugal construa a variante prevista a partir da Ponte Salgueiro Maia, mas que ainda não tem prazo de execução.

Esta situação tem levado o presidente da Câmara Municipal de Santarém, Rui Barreiro (PS), a reclamar a urgência desta obra, uma vez que, em alternativa, a partir de terça-feira, essa ligação vai fazer-se através da circular urbana, sobrecarregando esta via.

Os sub-lanços entre Santo Estevão e o nó de ligação à A10, deste a Salvaterra de Magos e desta localidade a Almeirim custaram 160 milhões de euros e incluem 11 viadutos, na sua maioria devido ao atravessamento de vales de uma vasta zona de regadio atravessada pela A13.

Uma das travessias, sobre o Vale do Sorraia, é dotada de um sistema inovador, desenvolvido em parceria com a Faculdade de Engenharia do Porto, que permite uma vigilância em tempo real de qualquer eventual anomalia no comportamento da ponte, tendo em conta as características aluviais dos terrenos, segundo informação da Brisa.

A portagem entre Almeirim e Marateca, para um veículo de classe um, vai custar 5,95 euros.