Autoridade de Segurança Rodoviária lança campanha para diminuir atropelamentos

por Lusa

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) lança na segunda-feira a campanha de sensibilização "Compromisso 30 -- Ruas Com Vida", que visa reduzir em pelo menos 50% o número de mortos e de feridos em consequência de acidentes em Lisboa.

Num comunicado, a ANSR realça que a campanha é feita em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa (CML), a Companhia Carris de Ferro de Lisboa (CARRIS) e a Polícia Municipal de Lisboa (PML) e insere-se na 6.ª Semana Mundial da Segurança Rodoviária, da Organização das Nações Unidas (ONU).

A decorrer entre 17 e 23 deste mês, a campanha tem como objetivo sensibilizar e envolver os cidadãos para a importância e os benefícios de se redesenharem e adaptarem as ruas urbanas para que os limites de velocidade sejam de 30 quilómetros por hora.

"O excesso de velocidade é um dos principais problemas da segurança rodoviária, aumentando o risco de acidente e gravidade do mesmo. A velocidade é fator chave em 30% dos acidentes mortais", refere a ANSR, adiantando que a campanha tem por lema "Ruas para a Vida: Porquê #love30?" e assinala o início da 2.ª Década de Ação da Segurança Rodoviária.

Em 2020, indica-se no documento, registaram-se 3.528 atropelamentos, que provocaram 59 mortes, 290 feridos graves e 3.441 feridos ligeiros.

Lisboa manteve-se como o distrito com maior sinistralidade rodoviária, tendo registado 12 óbitos.

"Para alertar os condutores para a importância de reduzirem a velocidade a que circulam, em particular nas zonas com presença de peões, mas também para sensibilizar os peões para o cuidado de verem e serem vistos, a campanha congrega 14 ações de sensibilização em vários locais da cidade de Lisboa", acrescenta a ANSR.

"A velocidade a que os veículos circulam é especialmente determinante para a gravidade das lesões dos utentes vulneráveis, como os peões e os ciclistas", alerta a instituição. 

Dados do European Safety Council (ETSC), cotados pela ANSR, indicam que, numa colisão entre um veículo e um peão, a probabilidade de o transeunte sobreviver é de 90% se o veículo circular a 30 quilómetros por hora, descendo para 20% se a velocidade for de 59 quilómetros/hora.

"Com uma preocupação partilhada em reduzir o número de atropelamentos em Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa, a CARRIS e a Polícia Municipal de Lisboa associaram-se à ANSR, mostrando que os acidentes não são uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas através da adoção de comportamentos seguros na estrada, quer por parte dos condutores, quer por parte dos peões. Só com o envolvimento de toda a sociedade será possível diminuir a sinistralidade rodoviária em Portugal até ao único número aceitável de vítimas mortais nas estradas: Zero!", termina.

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