País
Aviso do bastonário dos médicos. ULS não conseguem "obedecer" aos cortes nos hospitais
O bastonário da Ordem dos Médicos diz à Antena 1 que falou com elementos das unidades locais de saúde (ULS) que não sabem como vão cortar na despesa dos hospitais.
"Ainda hoje fui contactado por várias ULS que mostraram a sua incapacidade de obedecer a esta ordem de fazer estes cortes", afirma Carlos Cortes, porque "a primeira missão é dar uma resposta aos seus doentes e a quem necessita de cuidados de saúde".
O jornal Público escreve hoje que a Direção Executiva do SNS quer que os hospitais cortem nas despesas no próximo ano, que terá sido comunicado este mês com líderes das ULS. Há um corte de 10% previsto no Orçamento de Estado na aquisição de bens e serviços.
Podem ser afetadas as despesas com consultas e cirurgias adicionais, mas também medicamentos, material clínico ou tarefeiros.
O bastonário afirma que são "cortes cegos" e diz que é lamentável se for esta a linha seguida pela DE-SNS para o próximo ano.
Carlos Cortes vai mais longe e acusa Álvaro Almeida, o diretor executivo do SNS, de se transformar "numa espécie de ministro das Finanças do SNS". "Não que obviamente não tenha de haver rigor orçamental", avisa, mas aponta que "haverá com certeza muitas outras áreas onde possa existir cortes orçamentais, a não ser a atividade assistencial, colocando a hipótese de ter listas de espera para cirurgias e consultas maiores do que as que temos hoje".
A Ordem dos Médicos ainda quer avaliar o resto do Orçamento de Estado na área da saúde, que prevê também um aumento de 5% na despesa com pessoal. A ministra Ana Paula Martins vai ser ouvida a este propósito no Parlamento na sexta-feira.
O presidente da Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar entende que vai ser preciso esperar para perceber o corte de 10%, mas tem reservas sobre os ganhos na eficiência. "Menos despesa não é sinónimo de eficiência, e o que temos de ter é eficiência", defende André Biscaia, que sublinha que "o corte na despesa não pode ser cego, tem de ser naquilo que realmente representa desperdício".
O dirigente aponta que a despesa na saúde continua a sofrer ano após ano de um problema de suborçamentação.
Podem ser afetadas as despesas com consultas e cirurgias adicionais, mas também medicamentos, material clínico ou tarefeiros.
O bastonário afirma que são "cortes cegos" e diz que é lamentável se for esta a linha seguida pela DE-SNS para o próximo ano.
Carlos Cortes vai mais longe e acusa Álvaro Almeida, o diretor executivo do SNS, de se transformar "numa espécie de ministro das Finanças do SNS". "Não que obviamente não tenha de haver rigor orçamental", avisa, mas aponta que "haverá com certeza muitas outras áreas onde possa existir cortes orçamentais, a não ser a atividade assistencial, colocando a hipótese de ter listas de espera para cirurgias e consultas maiores do que as que temos hoje".
A Ordem dos Médicos ainda quer avaliar o resto do Orçamento de Estado na área da saúde, que prevê também um aumento de 5% na despesa com pessoal. A ministra Ana Paula Martins vai ser ouvida a este propósito no Parlamento na sexta-feira.
O presidente da Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar entende que vai ser preciso esperar para perceber o corte de 10%, mas tem reservas sobre os ganhos na eficiência. "Menos despesa não é sinónimo de eficiência, e o que temos de ter é eficiência", defende André Biscaia, que sublinha que "o corte na despesa não pode ser cego, tem de ser naquilo que realmente representa desperdício".
O dirigente aponta que a despesa na saúde continua a sofrer ano após ano de um problema de suborçamentação.