BE lava entrada da câmara em defesa da transparência política

Militantes do Bloco de Esquerda (BE) munidos de baldes e esfregões lavaram hoje com água e sabão a rampa de acesso à Câmara do Porto, numa acção simbólica em defesa da transparência política na autarquia.

Agência LUSA /

"Foi uma acção simbólica, mas com uma pertinência política muito grande", disse o candidato do BE à presidência da Câmara do Porto, João Teixeira Lopes, para quem "a questão da higiene política e da transparência não se coloca só em municípios como Felgueiras, Marco de Canaveses, Oeiras ou Gondomar".

Teixeira Lopes acusou o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, que se recandidata com uma nova coligação PSD/CDS-PP, de "cumplicidade e cobardia política", ao manter-se em silêncio face às denúncias de corrupção feitas pelo seu vice-presidente e vereador do Urbanismo, Paulo Morais.

"O silêncio de Rui Rio foi uma tomada de posição política.

Acusamos Rui Rio de cumplicidade e de cobardia política", afirmou o candidato do BE, salientando que continua a existir na Câmara do Porto a "velha cultura" de corrupção e falta de transparência.

"A nova maneira de fazer política de que Rui Rio se gaba é, afinal, a velha cultura política. Talvez por isso se dê tão bem com o major Valentim Loureiro na Metro do Porto", referiu.

Teixeira Lopes acusou também Rui Rio de ter dado um "salário multimilionário, superior ao do Presidente da República", ao seu chefe de gabinete e assessor de imagem, Manuel Teixeira, e de ter nomeado para a Casa da Música administradores com vencimentos mensais de "nove mil euros, 150 por cento acima da lei".

O candidato do BE disse ainda que as empresas municipais do Porto "estão dominadas por "+boys+ e +girls+ da facção Rui Rio", que as usam para "cumprir programas partidários", como foi o caso da "colocação de cartazes contra a ministra da Cultura" junto ao Túnel de Ceuta.

FZ.

Lusa/Fim


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