Bispo de Portalegre e Castelo Branco desafia Governo a reforçar políticas de apoio à natalidade

Portalegre, 30 Nov (Lusa) - O Bispo da Diocese de Portalegre e Castelo Branco, D. José Alves, desafiou hoje o Governo a refoçar as politicas que combatam a diminuição e o envelhecimento da população, sobretudo no interior do país.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A. /

O bispo da igreja católica deu como exemplo para inverter a situação o Centro de Apoio à Vida, em Portalegre, que vai abrir a 08 de Dezembro para apoiar e reintegrar na sociedade jovens adolescentes grávidas ou mães.

"Queremos que este centro tenha a função de despertar as consciências das populações e dos governantes para a amarga diminuição e envelhecimento da população, que se vive no interior do país", alertou.

D. José Alves considerou o Centro de Apoio à Vida de Portalegre como "pioneiro no Alentejo" e que vai ao encontro das adolescentes que engravidam e que não encontram apoio, recorrendo dessa forma ao aborto.

"Hoje sabemos que as mulheres que o praticam, ao contrário dos prognósticos infundamentados e dos anúncios tendenciosos dos defensores do aborto, se tivessem encontrado um espaço destes, não o teriam feito", sustentou.

"Este projecto vai salvar vidas humanas e contribuir para o crescimento da população", declarou.

Obra da Diocese de Portalegre e Castelo Branco, o Centro de Apoio à Vida "A Vida Nasce" tem capacidade para receber 10 utentes, até aos 18 anos, num regime transitório, durante a gravidez e após parto, até a reintegração das jovens na sociedade.

O amplo espaço desta estrutura, localizada numa quinta, vai contar com um gabinete médico e de enfermagem e de um gabinete psicológico, coordenado por uma assistente social.

Com um investimento superior a um milhão de euros, o Centro de Apoio à Vida tem ainda como objectivo ensinar as jovens mães a cuidar dos seus filhos e, em paralelo, que prossigam os seus estudos.

"Queremos que as jovens se sintam felizes aqui para haver, posteriormente, uma reintegração na sociedade de forma tranquila", sublinhou Maria Nunes, Irmã Franciscana.

Actualmente, o Centro Social de Santo António, instituição ligada à diocese e que conduziu esta obra, necessita ainda de 230 mil euros para a concretização do projecto.

Para fazer face a esta situação, os responsáveis do centro social vão lançar, a nível nacional, uma campanha de angariação de fundos.


PUB