Política
Bloco de Esquerda. Convenção arranca com cinco moções em debate
Com metade dos delegados devido à pandemia, a XII Convenção Nacional do BE arranca este sábado em Matosinhos, com cinco moções, antevendo-se que a relação com o PS e o Orçamento do Estado marquem o debate de dois dias.
Sob o lema “Justiça na resposta à crise”, o partido liderado por Catarina Martins reúne-se este fim de semana no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, distrito do Porto.
Em debate estarão cinco moções de orientação política, tendo a eleição de delegados acontecido no passado fim de semana, com a moção A (da atual liderança) a conseguir 233, a moção E (promovida pelos críticos do movimento Convergência) 66, a moção Q nove delegados, a moção C oito lugares, enquanto a moção N ficou com cinco delegados.
As diferentes plataformas locais elegeram, no seu conjunto, os restantes 22 delegados.
Com início dos trabalhos marcado para as 10h30, cerca de uma hora depois está prevista a intervenção de abertura da reunião por parte da coordenadora do BE.
Depois, além das diversas intervenções que habitualmente marcam as convenções, serão discutidas as alterações aos estatutos e, para a parte da tarde, está prevista ainda a apresentação de cada uma das cinco moções de orientação política.
Hoje abrem igualmente as urnas para a eleição dos órgãos nacionais do BE, a Mesa Nacional e Comissão de Direitos.
O próximo Orçamento do Estado, a relação com o PS, as eleições autárquicas e a oposição interna à liderança de Catarina Martins deverão ser os pontos fortes da discussão dos bloquistas.
Em relação ao Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), o BE tem-se mostrado disponível para negociar e Catarina Martins já deixou alertas sobre este documento.
A coordenadora bloquista avisa que "sem um programa para o emprego não haverá um orçamento de esquerda", colocando o tema no centro das negociações e remetendo para o Governo a criação de condições para a viabilização do OE2022.
A líder recandidata vê com normalidade as oposições internas no partido, não teme que esta reunião magna seja mais difícil do que as outras e considera que preocupante seriam unanimismos.
Em debate estarão cinco moções de orientação política, tendo a eleição de delegados acontecido no passado fim de semana, com a moção A (da atual liderança) a conseguir 233, a moção E (promovida pelos críticos do movimento Convergência) 66, a moção Q nove delegados, a moção C oito lugares, enquanto a moção N ficou com cinco delegados.
As diferentes plataformas locais elegeram, no seu conjunto, os restantes 22 delegados.
Com início dos trabalhos marcado para as 10h30, cerca de uma hora depois está prevista a intervenção de abertura da reunião por parte da coordenadora do BE.
Depois, além das diversas intervenções que habitualmente marcam as convenções, serão discutidas as alterações aos estatutos e, para a parte da tarde, está prevista ainda a apresentação de cada uma das cinco moções de orientação política.
Hoje abrem igualmente as urnas para a eleição dos órgãos nacionais do BE, a Mesa Nacional e Comissão de Direitos.
O próximo Orçamento do Estado, a relação com o PS, as eleições autárquicas e a oposição interna à liderança de Catarina Martins deverão ser os pontos fortes da discussão dos bloquistas.
Em relação ao Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), o BE tem-se mostrado disponível para negociar e Catarina Martins já deixou alertas sobre este documento.
A coordenadora bloquista avisa que "sem um programa para o emprego não haverá um orçamento de esquerda", colocando o tema no centro das negociações e remetendo para o Governo a criação de condições para a viabilização do OE2022.
A líder recandidata vê com normalidade as oposições internas no partido, não teme que esta reunião magna seja mais difícil do que as outras e considera que preocupante seriam unanimismos.
A moção E, crítica da atual liderança bloquista, apresenta-se contra uma política do BE que, consideram, "está cansada", e com o objetivo de acabar com uma "excessiva proximidade ao PS", antecipando que a direção vai "deixar de ser monolítica" ao mudar a correlação de forças.
Marisa Matias critica presidência portuguesa da UE
A eurodeputada bloquista, Marisa Matias, criticou ontem (sexta-feira) os "seis meses bem tristes" da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, acusando o Governo de proteger os interesses das farmacêuticas no caso das patentes das vacinas contra a covid-19.
Na habitual “antecâmara” da XII Convenção Nacional do BE realizou-se uma sessão internacionalista intitulada “Salvar vidas, não os lucros”, pelo levantamento das patentes das vacinas contra a covid-19 na União Europeia.
“As farmacêuticas protegem os seus lucros, a Alemanha e a França protegem as suas farmacêuticas e o Governo português protege os interesses da Alemanha e das farmacêuticas em vez de defender o levantamento das patentes que é o que pode salvar vidas”, realçou a eurodeputada.
Na perspetiva da dirigente do BE, “o Governo português teve uma oportunidade única na presidência do Conselho Europeu de fazer a diferença e desperdiçou-a”.
“Decidiu mais uma vez obedecer e colocar a saúde pública em segundo lugar, decidiu mais uma vez ser bom aluno”, lamentou.
Na habitual “antecâmara” da XII Convenção Nacional do BE realizou-se uma sessão internacionalista intitulada “Salvar vidas, não os lucros”, pelo levantamento das patentes das vacinas contra a covid-19 na União Europeia.
“As farmacêuticas protegem os seus lucros, a Alemanha e a França protegem as suas farmacêuticas e o Governo português protege os interesses da Alemanha e das farmacêuticas em vez de defender o levantamento das patentes que é o que pode salvar vidas”, realçou a eurodeputada.
Na perspetiva da dirigente do BE, “o Governo português teve uma oportunidade única na presidência do Conselho Europeu de fazer a diferença e desperdiçou-a”.
“Decidiu mais uma vez obedecer e colocar a saúde pública em segundo lugar, decidiu mais uma vez ser bom aluno”, lamentou.
c/ Lusa