Brincar é essencial ao desenvolvimento das crianças

A Convenção sobre os Direitos das crianças da ONU dita que brincar é um direito fundamental. No entanto, a quantidade de horas passadas nas escolas e a dificuldade das famílias em gerir o tempo de brincadeira dificultam esta atividade.

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Jessica Gow - TT News Agency/ Reuters

Os benefícios das brincadeiras são vários: tornam as crianças mais criativas, permitem-lhes relaxar, gerir frustrações e aumentar a agilidade. No entanto, esta atividade tem vindo a ser subvalorizada, algo que pode prejudicar o desenvolvimento das crianças.
Que consequências?
Segundo o pediatra Mário Cordeiro, a ausência da brincadeira pode repercutir-se na idade adulta. Às crianças que sejam privadas destas atividades vai “faltar destreza física” e podem ter dificuldades em adaptar-se a diferentes ambientes, “algo que já se vai verificando na adolescência”, contou à RTP.

Isabel Marques da Costa, Pedro Mateus, Guilherme Brízido - RTP

A consequência mais grave acontece, de acordo com o pediatra, “numa dimensão de inteligência emocional” que pode ser colocada em causa e afetar o futuro das novas gerações.
“Que tipo de pais queremos ser?”
Mário Cordeiro acredita que é difícil para os pais gerir o emprego com as relações familiares. “Há que abdicar de coisas - inclusivamente na vida profissional - para estar com os filhos, e vice-versa”, afirmou. “Não se pode ter tudo” e, segundo o pediatra, a sociedade ainda vive um pouco nesse registo.
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