A Associação dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz foi alvo toda a manhã de buscas por parte da Polícia Judiciária. Em causa uma denúncia anónima, que coloca o ex-comandante adjunto da corporação e a mulher sob suspeitas de peculato e falsificação de documentos.
O presidente da Associação, Ilídio Lopes, assumiu-se surpreendido e garantiu desde logo disponibilidade para colaborar com as autoridades
para o apuramento da verdade.
A PJ iniciou a investigação após a denúncia sobre escalas de serviço marcadas aos bombeiros como trabalho voluntário, pagas através de uma bolsa de disponibilidades.
Esta tarde, à RTP, Ilídio Lopes afirmou "confiar plenamente" no comandante da corporação e falou em "cabala".
Diz
ainda querer "separar o trigo do joio" e confirmou que está "tranquilo"
apesar das investigações da Polícia Judiciária, esta segunda-feira.
"Uma coisa é a atuação de um bombeiro, outra coisa é atuação de uma corporação", sublinhou.
Ilídio
Lopes afirma ainda que todos os bombeiros "sentiram muito este ataque
àquilo que é o corpo de bombeiros e a associação de bombeiros", numa
altura de preparação para a época de fogos florestais.
"Não queremos suspeições, queremos esclarecimentos", sublinhou Ilídio Lopes à RTP.
A PJ disse à agência Lusa que "estão a ser efetuadas buscas, no âmbito de um processo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra, a ser investigado pela Polícia Judiciária de Coimbra, por um crime da área económica e financeira".
"O processo está em segredo de justiça", indicou a mesma fonte.
"O processo está em segredo de justiça", indicou a mesma fonte.