Buscas na Figueira da Foz. Presidente dos bombeiros voluntários quer "esclarecimentos"

por RTP
Um dos carros de bombeiros da corporação de soldados da paz voluntários. Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz

A Associação dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz foi alvo toda a manhã de buscas por parte da Polícia Judiciária. Em causa uma denúncia anónima, que coloca o ex-comandante adjunto da corporação e a mulher sob suspeitas de peculato e falsificação de documentos.

O presidente da Associação, Ilídio Lopes, assumiu-se surpreendido e garantiu desde logo disponibilidade para colaborar com as autoridades para o apuramento da verdade.

A PJ iniciou a investigação após a denúncia sobre escalas de serviço marcadas aos bombeiros como trabalho voluntário, pagas através de uma bolsa de disponibilidades.

Os suspeitos, o comandante adjunto, Nelson Fadigas, e a mulher, Carla Mendes, ex-bombeira, pediram demissão na semana passada.

Esta tarde, à RTP, Ilídio Lopes afirmou "confiar plenamente" no comandante da corporação e falou em "cabala".

Diz ainda querer "separar o trigo do joio" e confirmou que está "tranquilo" apesar das investigações da Polícia Judiciária, esta segunda-feira.

"Uma coisa é a atuação de um bombeiro, outra coisa é atuação de uma corporação", sublinhou.

Ilídio Lopes afirma ainda que todos os bombeiros "sentiram muito este ataque àquilo que é o corpo de bombeiros e a associação de bombeiros", numa altura de preparação para a época de fogos florestais.

O presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, falou também com o presidente do INEM, a quem pediu um inquérito e que "esclareça completamente todas as suspeições" que tenha sobre a corporação da Figueira da Foz.

"Não queremos suspeições, queremos esclarecimentos", sublinhou Ilídio Lopes à RTP.

A PJ disse à agência Lusa que "estão a ser efetuadas buscas, no âmbito de um processo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra, a ser investigado pela Polícia Judiciária de Coimbra, por um crime da área económica e financeira".

"O processo está em segredo de justiça", indicou a mesma fonte.
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