Buscas pelo jovem que desapareceu na Foz do Lizandro retomadas apenas por terra

Lisboa, 09 mai (Lusa) -- As autoridades retomaram hoje de manhã as buscas pelo jovem que desapareceu na semana passada na praia da Foz do Lizandro, no concelho de Mafra, mas apenas por terra e não de forma contínua.

Lusa /

Segundo o Centro Coordenador de Busca e Salvamento Marítimo, as buscas são mais ativas quando ainda se espera encontrar a pessoa viva e, neste momento, serão feitas apenas por terra, "na base da oportunidade".

A mesma fonte explicou que a duração das buscas mais ativas - envolvendo meios terrestres, marítimos e aéreos - depende sempre de vários fatores, como a temperatura da água, o estado do mar e o local do desaparecimento.

A partir de hoje, serão apenas por terra, sendo que os meios envolvidos não estarão apenas nesta função em permanência, participando noutras ocorrências com maior exigência, acrescentou.

O jovem de 21 anos, que está desaparecido desde as 17:00 de quarta-feira, terá entrado na água na companhia de outro, que conseguiu sair.

Nas operações de busca já chegaram a estar envolvidos um helicóptero, uma lancha e uma mota de água, além dos elementos da polícia marítima e dos fuzileiros que fazem a vigilância por terra.

Na quarta-feira, o comandante da Capitania de Cascais atribuiu o acidente à "forte rebentação, com dois metros", e ao facto de as "temperaturas elevadas incentivarem as pessoas a entrar na água numa altura do ano em que o mar ainda se encontra agitado".

A praia costuma ter vigilância na época balnear, que no concelho de Mafra só começa a 15 de junho.

A Autoridade Marítima Nacional aconselha a precaução nas praias nos próximos dias, durante os quais está prevista uma subida da temperatura, alertando que ainda existem fenómenos de perigo não visíveis.

Trinta e seis pessoas morreram afogadas entre 01 de janeiro e 01 de maio deste ano, metade das quais no mar, segundo os dados divulgados pelo Observatório do Afogamento, da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores.

O documento sublinha que nenhum dos locais onde as 36 pessoas morreram - 28 homens e oito mulheres - tinha vigilância.

A Polícia Marítima e militares da Marinha reforçaram na quinta-feira a presença nas praias, sobretudo em Lisboa, alertando para os riscos das condições do mar.

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