Cães cada vez mais utilizados para detectar armas ilegais
Os cães da Guarda Nacional Republicana (GNR) treinados para detectar explosivos são cada vez mais utilizados em acções de detecção de armas ilegais em veículos e habitações.
Os cerca de 400 cães da GNR são também treinados para detectar droga, p essoas desaparecidas e vítimas de catástrofes.
"O cão demonstrou ser um elemento muito eficaz nas operações destinadas à detecção de armas", disse à agência Lusa o porta-voz da GNR.
Segundo o tenente-coronel Costa Cabral, "desde o início de 2005 que a G NR tem intensificado as suas acções dirigidas à detecção de armas ilegais, muita s com a ajuda de cães, e todas tiveram resultados positivos".
"Em todas as acções foram detectadas algumas infracções, nomeadamente r odoviárias, fiscais, apreendida droga e encontradas armas", acrescentou.
Os binómios cinotécnicos (equipas compostas por cão e treinador) são "um complemento válido para a avaliação das situações por parte dos militares, alé m da presença do animal ser intimidatória para o suspeito".
Numa operação em que o objectivo é detectar armas em veículos ou casas, "o cão funciona como uma segunda revista mais minuciosa e que não é visível aos olhos humanos", explicou Costa Cabral.
"O cão é um complemento importante para a avaliação da situação por parte dos militares, porque estes podem aperceber-se da existência de armas, mas as que estão escondidas só podem ser detectadas pelo faro de um animal", explicou o oficial.
Segundo Costa Cabral estas operações "visam transmitir um sentimento de insegurança aos criminosos e garantir a segurança da população".
O treino inicial de um cão demora em média um ano, passando depois para a especialização em detecção de droga, explosivos, armas e pessoas.
Os cães da GNR são especializados em patrulhamento, busca de pessoas desaparecidas através do cheiro da roupa (pisteiros), intervenção táctica (situaçõ es de grande perigosidade, nomeadamente sequestros, com tomada de reféns, crimin osos barricados), detecção de explosivos e armas e intervenção em catástrofes, sismos e cheias.