Câmara da Covilhã tem "informação fidedigna" de que urgência de obstetrícia não fecha

por Lusa

O presidente da Câmara da Covilhã afirmou hoje que tem "informação fidedigna" de que a urgência de obstetrícia daquela cidade não está referenciada para encerrar e garantiu que estará ao lado da Guarda e Castelo Branco na defesa dos respetivos serviços.

"Devemos pugnar para que no interior de Portugal não haja encerramentos de quaisquer serviços, designadamente desta importância e magnitude", disse Vítor Pereira.

O autarca socialista falava após a reunião pública do executivo, tendo explicando que esta é uma posição partilhada por todos os vereadores, incluindo os da oposição.

Vítor Pereira sublinhou que, ao contrário de notícias vindas a público, tem "informação fidedigna" de que a Urgência de Obstetrícia do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) não consta na lista de eventuais encerramentos, mas não quis revelar quem lhe transmitiu essa garantia.

O autarca também fez questão de ressalvar que isso não o deixa "nada confortado", dado que a questão do encerramento poderá ser uma possibilidade nos hospitais da Guarda e Castelo Branco.

"Se os nossos vizinhos estão mal, nós nunca poderemos estar bem", acrescentou, lembrando que estão em causa serviços essenciais para ajudar a fixar e manter pessoas no interior.

Segundo apontou, isso significa que a Covilhã defenderá de "forma intransigente, conjuntamente com os nossos colegas da Guarda e Castelo Branco, a manutenção de todos os serviços".

Segundo o Expresso `online` de terça-feira, o grupo de peritos encarregado de propor uma solução para as urgências de obstetrícia e blocos de partos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde propôs ao Governo o fecho do atendimento SOS em dois hospitais da Grande Lisboa e dois na área geográfica da administração regional de saúde do Centro: as urgências obstétricas de Vila Franca de Xira, Barreiro, Covilhã e Castelo Branco.

Numa entrevista à RTP3, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu que o Governo não irá fechar nenhum serviço de obstetrícia e blocos de partos nos hospitais do SNS até ao final do ano, decisão que só será tomada no início de 2023.

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