Actualmente, este tipo de pesca, que tem raízes muito antigas na Nazaré, não se encontra contemplado pela legislação em vigor, pelo que o Executivo municipal aprovou o pedido da sua legalização para a zona da Praia do Norte, refere a autarquia no documento "Apesar de ser praticada desde há muito tempo pela comunidade piscatória nazarena, esta arte de pesca tradicional não está prevista na legislação em vigor, o que tem implicado a autuação dos pescadores que praticam +o corrimão+ por parte das entidades fiscalizadoras", justifica a Câmara na proposta.

No documento que vai enviar ao Governo e ao Parlamento, a autarquia lembra que se trata "de uma pesca tradicional e amiga do ambiente", que "faz parte da memória e identidade (dos pescadores nazarenos) constituindo, por isso, um património cultural que se deve preservar e valorizar".

Além das questões de preservação da identidade cultural local, a autarquia considera que esta pesca "em nada prejudica o equilíbrio das espécies, uma vez que se trata de uma pesca muito selectiva no que se refere ao tamanho" do peixe capturado.

Os pescadores que utilizam esta arte largam uma linha com anzóis ao longo da praia que, com a força da rebentação, é arrastada para o largo.

Presa numa ponta por uma pedra e, na outra, pela mão do pescador, a linha é arrastada para dentro do mar, formando como que um semicírculo, ideal para a pesca de peixe de maiores dimensões como o robalo.