Câmara de Fafe transporta mulheres ao Porto para diagnóstico do cancro da mama

Fafe, 06 mar (Lusa) - A Câmara de Fafe está a assegurar, desde fevereiro, o transporte para o Porto de mulheres que fizeram o rastreio ao cancro da mama, medida que o presidente da autarquia espera poder contribuir para melhorar o diagnóstico.

Lusa /

"Muitas vezes encontram-se lesões que são mais duvidosas e que obrigam a estudos detalhados e aprofundados. Esse estudo é feito no Porto e levantou-se a necessidade de transportar essas senhoras", explicou hoje Raul Cunha, em declarações à agência Lusa.

O autarca, que também é médico, recordou que o Centro de Saúde de Fafe, em parceria com o Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro e a autarquia local, está a realizar um rastreio populacional dirigido a mulheres entre os 45 e os 69 anos.

O acordo entre as três partes vai vigorar por três anos. Atualmente, decorre a segunda volta do rastreio, fase que teve início em dezembro de 2013 e que prolongar-se-á até junho de 2014.

"É uma ajuda no diagnóstico e no rastreio mais detalhado desta doença, que tem conseguido reduzir de forma interessante a mortalidade nas mulheres neste concelho", observou ainda Raul Cunha.

No âmbito do protocolo, à câmara compete assegurar o transporte gratuito às mulheres que necessitem de se deslocar ao Porto para realizar diagnósticos mais detalhados.

Desde o final de fevereiro, já foram transportadas cerca de 60 mulheres, organizadas em dois grupos de 30.

A autarquia também garante apoio psicológico para as senhoras, sobretudo antes da deslocação, o que é evidenciado pelo edil.

Raul Cunha realçou, por outro lado, a "grande adesão" ao programa de rastreios. Entre julho de 2011 e janeiro de 2012, disse, foram observadas cerca de 5.200 mulheres na primeira volta do rastreio ao cancro da mama no concelho.

"As doenças são democráticas, atingem toda a gente, não escolhem pobres nem ricos", comentou.

O presidente admitiu que este apoio prestado pela câmara é especialmente apreciado pelas mulheres que têm mais dificuldades económicas e que assim veem assegurado o transporte para o Porto sem quaisquer encargos.

 

 

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