Câmara de Régua quer recuperar edifícios históricos das Caldas do Moledo

A Câmara da Régua quer recuperar os edifícios históricos de Caldas do Moledo, nomeadamente o Palacete da Ferreirinha, abandonado há anos e que poderá acolher um hotel ou um auditório.

Agência LUSA /

O presidente da Câmara do Peso da Régua, Nuno Gonçalves, disse que Caldas do Moledo, que integram diversos edifícios de "um grande valor patrimonial e histórico", bem como um parque termal, um parque de lazer e um cais fluvial, é um local que tem vindo a "degradar-se e a desertificar-se".

Para requalificar este espaço, a autarquia apresentou a candidatura "Fazer Renascer Caldas do Moledo", conjuntamente com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), aos Fundos EFTA - Associação Europeia de Comércio Livre - no valor de três milhões de euros.

O objectivo, segundo Nuno Gonçalves, é recuperar o património edificado do Moledo, como o Palacete da Ferreirinha, o hotel antigo e casino, edifícios do século dezanove onde poderá vir a nascer um novo hotel ou um auditório.

Se a resposta a esta candidatura, que deverá ser dada em oito ou nove meses, for negativa, o autarca diz que o projecto terá que ser candidatado ao próximo Quadro Comunitário de Apoio.

Hoje foi também lançado o Gabinete Técnico Local (GTL) do Moledo, que deverá entrar em funções em Junho e terá como objectivo elaborar o plano de pormenor para a recuperação deste espaço.

Nuno Gonçalves acredita que, com este projecto, as Caldas do Moledo poderão ter um "incremento turístico", para o qual também contribuirá a construção do Itinerário Complementar 26 (IC26), entre Amarante e o Peso da Régua.

Isto porque, segundo o responsável, esta nova via vai retirar grande parte do tráfego da actual Estrada Nacional 108 (EN108), que atravessa o Moledo.

O responsável referiu ainda que a época balnear das termas das Caldas do Moledo abriu hoje e vai prolongar-se até 31 de Outubro.

O autarca defende também uma "modernização" deste espaço, que acolheu 630 aquistas em 2005.

A recuperação do Moledo insere-se numa "estratégia de planeamento" que a autarquia quer implementar no concelho.

Para o efeito, estão também a ser elaborados os planos de pormenor de Covelinhas, da antiga fábrica da Milnorte, junto ao rio Douro, e o plano de urbanização da zona marginal cidade da Régua.

Nuno Gonçalves disse que a Milnorte vai ser desmantelada, e, se a autarquia conseguir aumentar a zona de intervenção para os 10 hectares, no local poderá vir a ser construída uma unidade turística e hoteleira.

A linha do Douro é também uma aposta da Câmara da Régua, que pretende "tudo fazer" para revitalizar e modernizar esta via que poderá ser um "importante meio de ligação do concelho" entre as suas duas portas de entrada, designadamente Moledo e Covelinhas.

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