A criança sofreu uma rotura de ligamentos quando praticava "slide" naquele parque e caiu de uma altura de perto de três metros, alegadamente devido ao rebentar de um cabo.

"Aquele parque é alvo de sistemáticos actos de vandalismo, como o que aconteceu há menos de um mês, em que ficou completamente destruído", afirmou Defensor Moura, sublinhando que o que "lá está neste momento é o que resta desse ataque".

"O problema é que se instalarmos um sistema de vídeo- vigilância somos logo criticados e acusados de violação da privacidade das pessoas. Temos que escolher entre o vandalismo e a privacidade das pessoas. Para já, vamo-nos sujeitando ao vandalismo", acrescentou.

Defensor Moura garantiu que aquele parque, por ser "o mais usado da cidade", é "vistoriado diariamente" pela Divisão de Instalações e Equipamentos da Câmara e alvo de acções "semanais ou quinzenais" de manutenção, sempre que isso se afigura necessário.

O presidente da Câmara disse ainda que outro factor que contribui para a degradação dos equipamentos é a sua utilização por gente adulta, apesar dos letreiros lá colocados avisarem que eles são apenas para fruição das crianças.

"Nem esses letreiros escapam ao vandalismo", referiu.

Segundo Defensor Moura, aquele parque, a exemplo de todos os outros tutelados pela autarquia, está devidamente certificado e homologado e coberto pelo seguro.

Residente em Suportela, Viana do Castelo, a criança vítima do acidente, Salomé Alves, foi assistida no Centro Hospitalar do Alto Minho e encontra-se neste momento "em repouso" em casa, "sem ainda conseguir andar".

"Se tivesse levado com os ferros em cima, podia ter morrido", insurgiu-se Benedito Alves, irmão da criança, indignado com a "incrível falta de condições de segurança" daquele parque infantil.

Benedito Alves disse que já esta manhã falou com a vereadora do Desporto na Câmara de Viana do Castelo, de quem terá recebido garantias de que o parque será "integral e imediatamente substituído".