Carlos Teixeira mantém-se no processo Apito Dourado

por Agência LUSA

O pedido de afastamento do processo "Apito Dourado" apresentado pelo magistrado Carlos Teixeira foi recusado, disse hoje à agência Lusa fonte da Procuradoria Distrital do Porto.

Segundo a fonte, o pedido de escusa foi "indeferido", mantendo-se, por isso, Carlos Teixeira com a responsabilidade do processo.

Este pedido foi analisado pelo superior hierárquico imediato de Carlos Teixeira, o procurador de Gondomar, e não é passível de recurso.

Valentim Loureiro foi um dos arguidos no processo que contestou o magis trado Carlos Teixeira, acusando-o, de acordo com a imprensa de terça-feira, de t er feito "acusações informais" na extracção de certidões para outros tribunais e alegando ser alvo de perseguição.

Carlos Teixeira dirige o processo Apito Dourado desde Abril de 2004 e s obre si pende um processo disciplinar instaurado pela Procuradoria-Geral da Repú blica na sequência de vários incidentes processuais.

De acordo com o jornal Público, este inquérito terá sido desencadeado n a sequência de queixas do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, que acusou o p rocurador-adjunto de Gondomar de "abuso de poder".

O texto da acusação do processo Apito Dourado confirma 27 arguidos, ent re os quais o presidente da Câmara de Gondomar e líder da Liga dos Clubes, Valen tim Loureiro, e o seu vice-presidente na autarquia, José Luís Oliveira.

Além da dedução das acusações relativas a Gondomar, foram extraídas 81 certidões relativas a factos no âmbito deste processo quer reportam a outras com arcas.

O "Apito Dourado", que inclui investigações a alegados casos de corrupç ão e tráfico de influências entre o futebol profissional português e as autarqui as, foi investigado durante quase dois anos.


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