Carmona propõe plano de pormenor para recuperar bairros da Liberdade e Serafina

A Câmara de Lisboa discute quarta-feira o envio para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) da proposta de plano de pormenor para a reabilitação do bairro da Liberdade e o reordenamento do bairro da Serafina.

Agência LUSA /

A proposta é subscrita pelo presidente da autarquia, Carmona Rodrigues, que assumiu o Urbanismo após a suspensão do mandato da vereadora com esse pelouro, Gabriela Seara, arguida no processo Bragaparques.

O plano de pormenor, a enviar à CCDR de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR/LVT), prevê a renovação total do bairro da Liberdade, Vila Ferro e Amendoeira, declarado como área crítica de recuperação e reconversão urbanística, e ainda o reordenamento do bairro da Serafina, numa superfície total de mais de 32 hectares, na freguesia de Campolide.

No bairro da Liberdade, o plano de pormenor propõe o realojamento de aproximadamente 900 famílias, garantindo a possibilidade de permanência da população residente e das actividades que já se realizam naqueles bairros.

O plano sugere a criação de alguns equipamentos "necessários para a zona", como residências assistidas para idosos, uma escola básica ou um polidesportivo coberto.

Segundo a autarquia, está prevista a construção de 365 casas T1, 283 T2, 98 T3 e 102 T4, além da criação de 1.819 lugares de estacionamento.

De acordo com a proposta de Carmona Rodrigues, o bairro da Liberdade, construído na década de 30 do século passado, tem actualmente habitações degradadas, a maioria de origem ilegal, e com más condições de habitabilidade.

"A proposta que agora se envia para a CCDR preconiza a demolição e a substituição das edificações existentes, atendendo à sua inadequação e à impossibilidade de reabilitação face às exigências normativas em vigor", adianta a autarquia lisboeta.

Para o Bairro da Serafina, o plano propõe "a manutenção do seu carácter e a preservação da sua linguagem arquitectónica", ordenando as alterações que têm sido realizadas nos últimos anos.

O modelo de construção dos edifícios proposto contempla a "fruição de vistas em direcção ao Vale de Alcântara" e consagra a interdição da construção numa faixa de protecção de 80 metros em relação ao Aqueduto das Águas Livres.

É ainda proposta a reformulação da rede viária, definindo um novo esquema de circulação.

Segundo Carmona Rodrigues, a proposta preliminar foi apresentada à Junta de Freguesia de Campolide e à população residente no Bairro da Liberdade, que acolheram "favoravelmente" o projecto de requalificação.


PUB