Caso Meco. João Gouveia e Lusófona absolvidos do pagamento de indemnização

por RTP
Rafael Marchante - Reuters

João Gouveia, ex-"Dux" da Universidade Lusófona, e a própria instituição foram absolvidos pelo tribunal de Setúbal do pagamento de indemnização aos familiares das vítimas da tragédia no Meco, em 2013.

Declaram-se totalmente improcedentes os pedidos deduzidos nos autos pelos Autores, absolvendo-se os Réus. Declara-se improcedente o pedido de condenação dos Autores por litigância de má fé.”, avança uma nota do Tribunal de Setúbal enviado às redações.

No Tribunal, durante o julgamento, João Gouveia clamou inocência pela morte dos seis jovens estudantes da Lusófona. Defendeu que a ideia de ir para a praia não foi dele, mas de Catarina e Tiago e que nessa noite tinham ingerido bebidas alcoólicas, por iniciativa de cada um e não pelo seu comando.

João Gouveia foi o único sobrevivente da tragédia onde morreram seis jovens estudantes, Catarina, Carina, Joana, Andreia, Pedro e Tiago. Os pais das vítimas pediam indemnização de 1.3 milhões de euros. A Universidade foi também absolvida.

A decisão do Tribunal foi conhecida esta manhã.
Caso remota a dezembro de 2013
A tragédia no Meco ocorreu a 15 de dezembro de 2013 e, após a descoberta do corpo de Tiago Campos, um dia depois, foi aberto um inquérito às circunstâncias da morte dos jovens, que viria a ser arquivado em julho de 2014 e reaberto em outubro do mesmo ano, quando o "dux" João Gouveia foi constituído arguido.

Em março de 2015 o tribunal decidiu não enviar o caso para julgamento e a Relação de Évora concordou: as vítimas eram adultas e não haviam sido privadas da sua liberdade durante a praxe, pelo que não havia responsabilidade criminal sobre João Gouveia.

Os pais das vítimas avançaram em 2016 com ações cíveis contra o único sobrevivente e a Universidade Lusófona no valor de 150 mil euros por cada vítima e o pai de Tiago Campos apresentou uma queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
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