Catorze portugueses que vivem no Haiti encontram-se bem
São 14 os portugueses que se encontram no Haiti e estão "todos bem". A indicação foi dada pelo ministro da Administração Interna, responsável pela coordenação operacional das medidas de apoio do Estado português ao Haiti. À saída do Conselho de Ministros de hoje, Rui Pereira acrescentou que há apenas a registar ferimentos ligeiros (numa perna) de um dos cidadãos nacionais.
Ainda de acordo com o ministro da Administração Interna, não chegou até ao momento às instâncias oficiais qualquer pedido de repatriamento daqueles portugueses, dispondo o MNE de informações que "apontam no sentido que os portugueses se podem deslocar por meios próprios para Portugal".
Ajuda portuguesa preparada para partir
Entretanto, Portugal está a preparar um avião C-130 da Força Aérea que deverá partir para o Haiti "dentro de algumas horas ou possivelmente amanhã" com a primeira equipa de ajuda portuguesa, da qual fazem parte "quatro elementos de comando e coordenação da Autoridade Nacional de Protecção Civil e 12 elementos da força especial de bombeiros".
O ministro da Administração Interna e responsável pela coordenação da ajuda portuguesa fez questão de lembrar que, "em termos de sociedade civil já partiu para o Haiti uma equipa da AMI, que recebeu o apoio do Estado português".
De acordo com Rui Pereira, as autoridades de protecção civil portuguesas e haitianas têm mantido contacto no sentido de serem recolhidos "elementos concretos sobre o local (no Haiti)" onde vai ser instalado o acampamento-base da "equipa pluridisciplinar" portuguesa.
"Estes bombeiros vão montar um acampamento no Haiti com capacidade para socorrer até 750 pessoas. E esses elementos serão acompanhados também por uma pequena equipa do INEM e também de medicina legal, que nestas situações é da maior importância para tratar de reconhecimento de mortos", explicou o responsável máximo do MAI.
Rui Pereira acrescentou ainda que a ajuda portuguesa ao Haiti está a ser pensada "em coordenação com a União Europeia" - o Centro de Monitorização e Informação (MIC, na sigla inglesa), que gere o Mecanismo Comunitário de Protecção Civil.
De acordo com estimativas da Cruz Vermelha Internacional, o sismo de 7.0 na escala de Richter que na terça-feira destruiu parte do Haiti terá afectado três milhões de pessoas. Com a contabilidade das vítimas longe de poder ser feita, as autoridades haitianas apontam para um número de mortos acima dos 100 mil, além de milhares de feridos e milhões de desalojados.