"Foi com choque e consternação que tomei conhecimento do trágico descarrilamento de composições do metro da cidade de Valência, do qual resultaram vítimas mortais e um elevado número de feridos", escreve Cavaco Silva, numa mensagem de condolências dirigida ao Rei Juan Carlos de Espanha.

Na missiva, o Presidente transmite ainda ao monarca espanhol a solidariedade de Portugal.

"Nesta hora de grande dor, quero apresentar a Vossa Majestade, em nome do Povo Português e no meu próprio, os sentimentos do nosso profundo pesar, pedindo-lhe igualmente que se digne transmitir às famílias das vítimas a expressão das nossas sinceras condolências e muito sentida solidariedade", pode ler-se na mensagem.

As causas do acidente no metropolitano de Valência estão ainda por apurar, mas as primeiras informações apontam para excesso de velocidade que levou a primeira carruagem da composição a virar-se.

Quase todas as vítimas mortais viajavam na primeira carruagem que, depois de se virar, foi atingida pelas restantes carruagens da composição, das quais uma segunda também se virou.

O sub-delegado do governo da Comunidade Valenciana, Luis Felipe Martínez, tinha já apontado o excesso de velocidade e a rotura de uma das rodas da composição como as causas do acidente.

Dados iniciais referiram também o desmoronamento de uma parede do túnel do metro.

Uma unidade especializada em grandes catástrofes do Corpo Nacional de Polícia foi já enviada de Madrid para Valência para prestar apoio nas operações na zona e nas investigações sobre o acidente.

O acidente ocorreu cerca das 13:00 (12:00 em Lisboa) na zona sul da cidade, próximo da avenida Giorgeta e da rua San Vicente, uma zona que se insere na primeira circunvalação da cidade e que é, por isso, de grande intensidade de tráfego.

As autoridades encerraram ao trânsito grande parte das ruas da zona, o que provocou o caos na cidade.