Pedro Melo, membro da comissão política do CDS-PP, disse hoje à Lusa qu e foi mandatado pelo presidente do partido, José Ribeiro e Castro, para "promove r todas as acções necessárias" para impedir a colocação de cartazes com este log otipo.

"A razão desta incumbência é simples: os cartazes do STAPE contêm um sí mbolo que é em tudo idêntico ao do Bloco de Esquerda", explicou Pedro Melo, cons iderando que esta escolha foi "uma decisão infeliz" por parte do STAPE.

Para Pedro Melo, esta escolha de logotipo "é politicamente reprovável e não assegura o especial dever de isenção e imparcialidade a que o STAPE está ob rigado".

"Se o assunto não fosse sério, pareceria que o STAPE está a promover um congresso do Bloco de Esquerda e não a participação na campanha de um referendo ", disse.

"Admitimos recorrer à via judicial para impedir a colocação de cartazes com este logótipo, se o STAPE mantiver essa sua intenção", acrescentou.

Hoje, o dirigente do CDS-PP já enviou um fax ao director-geral do STAPE solicitando a passagem de uma certidão onde conste a decisão desta entidade sob re a escolha do logótipo.

"Só com base nessa certidão é que posso avançar para tribunal com uma p rovidência cautelar, se for caso disso", explicou, adiantando que, sexta-feira, espera falar com o director-geral do STAPE sobre o caso.

O CDS-PP sublinha que não está contra a promoção, pelo STAPE, de inicia tivas a apelar à participação no referendo e deixa uma sugestão para resolver o problema, caso os cartazes já estejam feitos.

"Se os cartazes já estiverem feitos podem ser usados, basta que se mand em fazer autocolantes com a bandeira nacional para tapar o logótipo", sugeriu Pe dro Melo.

O símbolo que o STAPE escolheu para esta campanha é uma cruz estilizada , branca em fundo azul, com uma bola amarela em cima (www.stape.pt).

Já o símbolo do Bloco de Esquerda (http//bloco.esquerda.net) é uma estr ela vermelha de apenas quatro pontas, com uma bola em cima.