A Polícia Judiciária fez buscas na casa do suspeito do ataque no centro ismaelita. Uma dezena de inspetores e técnicos da Judiciária estiveram no prédio de Odivelas onde Abdul Bashir vivia com os três filhos.
A RTP sabe que a Judiciária já tinha as chaves de casa do suspeito desde quarta-feira, o dia do ataque, e aguardava apenas a autorização judicial para dar início às buscas.
A Judiciária afastou a possibilidade de haver motivações religiosas no ataque no centro ismaelita de Lisboa.
A polícia admite que os dois homicídios tenham sido provocados por um surto psicótico. O Presidente da República admitiu que o ataque esteja ligado à regulação da guarda dos filhos do suspeito.
O agressor não deverá ter alta hospitalar antes de um período de 10 dias e só então haverá condições para ser submetido a interrogatório pelo juiz de instrução, acrescentou ainda o diretor nacional da PJ.
O homicida agora detido é beneficiário do estatuto de proteção internacional e não era alvo de "qualquer sinalização" pelas autoridades.
A família de Abdul Bashir chegou a Portugal vinda da Grécia no final de 2021 com os três filhos, viviam em Odivelas e recebiam apoio e formação no Centro Ismaili, que ajuda a comunidade de refugiados em Portugal.
As vítimas mortais são duas mulheres, de 24 e 49 anos, que trabalhavam no Centro Ismaili precisamente nos serviços de apoio aos refugiados.