Chefe do Governo de Andorra promete fazer todos os esforços para manter representação diplomática portuguesa

Lisboa, 17 out (Lusa) -- O chefe do Governo de Andorra, Toni Martin, garantiu no domingo à comunidade portuguesa que serão feitos todos os esforços para manter no principado uma representação diplomática portuguesa, lembrando que não deixar sequer um consulado "representaria um grande problema".

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O embaixador de Portugal em Andorra, Mário Damas Nunes, revelou na semana passada que a embaixada portuguesa no principado encerrará até ao final do ano.

Apesar de não ter sido confirmada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, a informação está a mobilizar a comunidade portuguesa, que pretende manter em funcionamento pelo menos um posto consular.

As declarações de Toni Martin foram proferidas no domingo durante o aniversário de um rancho folclórico português em Andorra, onde o chefe do Governo se deslocou para manifestar o seu "total apoio" à comunidade portuguesa.

"No nosso país vive uma grande comunidade portuguesa, mais de 13 mil pessoas. Se fechasse o consulado seria um grande problema", disse Toni Martin, citado pela imprensa de Andorra, destacando a importância "de manter a missão diplomática".

O chefe do Governo prometeu, através da via diplomática, fazer tudo o que for possível para manter o posto aberto, mas lembrou que a decisão se deve à "difícil situação" económica que Portugal atravessa e que é preciso "respeitar a soberania" das autoridades de Lisboa.

O evento contou ainda com a presença do embaixador de Portugal, Mário Damas Nunes, que, sem fazer referência ao eventual encerramento da embaixada, apelou "à unidade em tempos difíceis".

José Manuel Silva, conselheiro da comunidade portuguesa de Andorra, admitiu, por seu lado, pedir a intervenção do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, caso não haja uma resposta breve por parte do Governo português relativamente a este assunto.

A celebração foi ainda aproveitada pelos promotores do movimento de protesto contra o encerramento da missão diplomática para lançar uma campanha de recolha de assinaturas e apelar à participação na concentração agendada para terça-feira à noite frente à embaixada.

Também no domingo, foi criado na rede social Facebook o grupo "Não ao fecho do consulado", que conta atualmente com quase 850 aderentes.

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