"A indicação que temos é a de que por volta das 12:00 locais (10:00 em Lisboa) vamos ser transportados para o porto mas a partida do ferry-boat para o Chipre só está prevista para a noite", contou à Lusa Pamela da Silva.

Pamela da Silva integra um grupo de portugueses que se encontra no Liceu Francês, o ponto de reunião da operação de retirada de estrangeiros organizada pelos serviços de embaixada de França em Beirute.

Contactada telefonicamente pela Lusa, a portuguesa adiantou que o transporte entre o estabelecimento de ensino onde se encontram os estrangeiros e o porto de Beirute vai ser feito por autocarros que serão escoltados pelos serviços da embaixada de França no Líbano.

Pamela da Silva, que estava de férias no Líbano desde o dia 09 de Julho, adiantou que "todas as pessoas estão bem mas muito cansadas".

"Estamos a ser alimentandos, não há ninguém doente mas estamos muito cansados pois há duas noites que não conseguimos dormir por causa dos bombardeamentos", contou Pamela da Silva.

Os oito cidadãos portugueses deveriam ter embarcado no ferry- boat "Iera Petra" na terça-feira rumo ao Chipre mas por questões de segurança o barco teve de sair apressadamente, deixando para trás o grupo.

Cláudia Margarida Moreira Simões, Rima Medawar Fernandes, Pamela da Silva mais os dois filhos (o terceiro está retido em Nabatie, cidade a sul de Beirute), Zeinat Maryan Kansoun, Fátima da Silva Kansoun e Maria da Conceição Casal de Carvalho Lopes são os cidadãos portugueses que aguardam repatriamento no Liceu francês.

Na terça-feira uma portuguesa conseguiu deixar Beirute e uma outra que partira segunda-feira desembarcou em Chipre.

A portuguesa Cremilde Maria Navalhinhas, de 62 anos, que trabalhava há 14 meses no Líbano como enfermeira particular, foi transportada de Beirute para Nicósia, capital do Chipre, num helicóptero da Força Aérea francesa.

Uma outra cidadã portuguesa, Nayla Anis Assaf, acabou por ser a única da lista entregue formalmente pelo Governo de José Sócrates às autoridades francesas e que conseguiu embarcar segunda-feira à noite num ferry com destino a Chipre.

Nayla Anis Assaf, mãe de Nayda, constava da lista entregue à embaixada francesa no Líbano, no entanto, à última da hora, decidiu não viajar por causa de problemas de saúde do marido.

Na terça-feira chegou a Lisboa uma libanesa casada com um português e o seu filho de 6 anos, que deixaram o Líbano no domingo em direcção a Damasco, na Síria, de onde partiram segunda-feira para Madrid de avião.