Comerciantes da praça de touros de Cascais e Teixeira Duarte chegam a acordo
Os comerciantes e o proprietário da praça de touros de Cascais chegaram a acordo quanto às indemnizações a pagar pela saída das lojas do imóvel que será demolido, revelou hoje a associação empresarial do concelho.
"Houve um entendimento entre comerciantes e a Teixeira Duarte, com cedências de parte a parte", disse à Lusa o presidente da Associação Empresarial do Concelho de Cascais, Rui Barbosa.
O dirigente da associação que, com a Câmara Municipal de Cascais, foi uma das mediadoras entre as partes envolvidas sublinhou que "a situação está completamente regularizada".
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, António Capucho (PSD) reiterou a "intenção de demolir a Praça de Touros logo a seguir ao Verão, independentemente de terem ou não sido fechados os acordos entre particulares respeitantes ao comércio subsistente no edifício".
O autarca sublinhou que "a câmara fez o que estava ao seu alcance para favorecer esses acordos".
Em 1999, a Santa Casa da Misericórdia vendeu a praça de touros à construtora Teixeira Duarte, que iniciou negociações com os comerciantes ali instalados sobre as indemnizações devidas pela sua saída do local.
O projecto inicial, proposto por de José Luis Judas (PS) quando foi presidente da câmara de Cascais, previa um grande complexo de carácter comercial que foi inviabilizado no mandato anterior pela gestão PSD/CDS-PP liderada por António Capucho.
A zona ocupada actualmente pela praça de touros dará lugar a edifícios ocupados essencialmente por residências assistidas para idosos e uma área comercial "residual", segundo a câmara.
Depois da queda de um varandim, em Outubro de 2004, o edifício foi vedado pela autarquia por motivos de segurança fundamentados num relatório do Instituto Superior Técnico, mas alguns lojistas mantiveram-se abertos ao público.