Comissão Nacional de Eleições incentiva idosos que vivem em lares a votar nas próximas presidenciais

A única opção para os utentes destas instituições é deslocarem-se presencialmente às assembleias de voto, o que acarreta riscos, por causa da pandemia. Isto porque a exceção para votar a partir de casa apenas abrange os eleitores que estiverem a cumprir isolamento por causa da Covid 19 e não os idosos que estão nos lares.

Antena 1 /
Várias associações consideram que os idosos que vivem em lares deveriam ter acesso ao voto em confinamento, para não serem obrigados a correr riscos, para participar nas eleições presidenciais de 24 de janeiro.
Exceção para voto podia ter incluído lares de idosos, argumenta CNE
A Comissão Nacional de Eleições admite que os idosos institucionalizados podiam ter sido incluídos na exceção para quem está em isolamento devido à covid-19, permitindo votar nos lares, mas lembra que estes não estão proibidos de sair.

Em declarações à Lusa a propósito de uma notícia divulgada pelo jornal Público, segundo a qual a Comissão Nacional de Eleições (CNE) está a pedir às juntas de freguesia para avisarem os lares de idosos que se mantém "o direito de sufrágio sem carecer de quarentena ou outras medidas", João Tiago Machado explicou que as recomendações servem para permitir que estes idosos possam ser transportados até às mesas de voto nas eleições presidenciais de 24 de janeiro, criando-se uma "bolha" de segurança.

"As recomendações que seguiram para as câmaras municipais é para se articularem com as juntas de freguesia no sentido de permitir que os idosos fossem transportados para locais de voto onde terão toda a prioridade para votar, criando como que uma bolha, em que irão todos dentro da mesma bolha de segurança, sem ter contacto com mais ninguém (...), no período de menor afluência", disse o responsável, lembrando também foi recomendado o voto antecipado.
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