Concorrência pediu dados ao ministério sobre hormona do crescimento
O Ministério da Saúde revelou hoje à Lusa que a Autoridade da Concorrência solicitou ao Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde (IGIF) dados sobre um concurso para fornecimento de hormona do crescimento aos hospitais públicos.
Em causa está uma investigação à alegada combinação de preços dos labor atórios.
De acordo com fonte do gabinete do Ministro da Saúde este pedido de inf ormações está relacionado com uma investigação da Autoridade da Concorrência (Ad C) sobre "cartelização" de preços por parte dos laboratórios que pretendem forne cer hospitais do Serviço Nacional de Saúde.
Conforme noticiou terça-feira a TVI, a AdC está a investigar cinco labo ratórios por suspeita de combinarem entre si os preços a que vendiam medicamento s aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.
De acordo com a estação televisiva, a AdC realizou já buscas nas empres as farmacêuticas.
Em causa está a venda, por empresas como a Pfizer, Lilly Farma, Novo No rdisk e Serono, de hormona do crescimento aos hospitais do Serviço Nacional de S aúde por preços 20 a 30 por cento mais caros do que os praticados nos países de referência para Portugal.
Segundo disse hoje à Lusa fonte do gabinete de Correia de Campos, o ped ido de informações ao IGIF está relacionado com o papel que este organismo desem penha na fixação de preços.
O IGIF funciona como uma central de compras do Ministério da Saúde e fo rnece aos hospitais informações sobre os preços dos produtos que estas instituiç ões necessitam de adquirir.
Contudo, são os hospitais a comprar os medicamentos directamente aos fo rnecedores (laboratórios).
O produto que está sobre investigação - hormona do crescimento, é um do s mais caros que os hospitais adquirem e administram aos doentes.
Uma dose (seis miligramas) custa cerca de 200 euros.
Hormona do crescimento administrada essencialmente a crianças com problemas de crescimento.