Condutores agressivos aumentam gasto de combustível e poluem mais

Os condutores agressivos aumentam o consumo de combustível e emitem mais dióxido de carbono para a atmosfera do que os automobilistas que fazem uma condução económica e segura, revela um estudo da DECO.

Agência LUSA /

Nalguns casos, a diferença de consumo e emissões relativamente ao estilo de condução agressivo pode ser de 82 por cento, estima a associação de defesa de consumidor.

Segundo a DECO, é nos circuitos urbanos que o estilo de condução influencia mais o consumo e as emissões.

Neste tipo de trajecto, um condutor agressivo com um carro a gasolina gasta, ao fim de 10 mil quilómetros, mais mil euros de combustível do que um eco-condutor que respeita as regras para uma condução económica e segura.

A DECO avaliou quatro estilos de condução diferentes (eco- condutor, relaxado, comum e agressivo) em três percursos (urbano, extra-urbano e auto-estrada) usando quatro pequenos carros familiares com motores a gasolina, gasóleo, híbrido e GPL.

É no trajecto em auto-estrada que o tipo de condução tem menos influência no consumo e emissões de dióxido de carbono.

"Uma vez atingida a velocidade máxima permitida e em condições normais de circulação, não há lugar a manobras que façam variar o consumo e as emissões de gases, como as acelerações e as travagens frequentes", refere a associação.

Os automobilistas podem poluir menos e poupar mais se guiarem de forma menos agressiva, evitando acelerações bruscas, altas rotações e travagens repentinas, privilegiando a velocidade constante (sem ultrapassar as 3000 rotações nos carros a gasolina e as 2500 nos motores a gasóleo) e usando mudanças elevadas.

Evitar o uso de ar condicionado, controlar regularmente a pressão dos pneus e respeitar a periodicidade das revisões, são outras das recomendações que ajudam a ser mais ecológico e a poupar dinheiro A DECO concluiu também que os carros mais poupados em combustível são também os menos poluentes.

O carro híbrido foi o que apresentou o consumo médio mais baixo (entre 5,1 e 7,3 litros por 100 quilómetros), seguindo-se o automóvel a gasóleo (entre 5,1 e 8 litros).

Para reduzir as emissões, a DECO testou ainda a instalação de filtros de partículas (para os motores a gasóleo), mas a sua eficácia ficou aquém das expectativas.

Num carro a diesel com oito anos, o filtro reduziu entre 16 e 30 por cento de partículas (consoante os trajectos), contra uma eficácia de 95 a 99 por cento nos equipamentos que são instalados de série.

O estudo é divulgado na edição de Setembro da revista DECO/Proteste.

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