Conferência internacional alto nível analisa 25 anos de Portugal no Mundo

por Agência LUSA

O Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais comemora os seus 25 anos com uma conferência internacional, marcada para 05 e 06 de Dezembro em Lisboa, que vai analisar as políticas externa e de defesa portuguesas no último quarto de século.

A iniciativa, anunciada hoje à imprensa pelo presidente do IEEI, Álvaro de Vasconcelos, conta nomeadamente com a participação do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, dos ministros dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, e da Defesa, Luís Amado, e de vários ex-responsáveis governamentais destas áreas como Deus Pinheiro, António Monteiro, António Vitorino e Figueiredo Lopes.

Numa conferência em que o objectivo é simultaneamente "fazer um balanço da política externa, de segurança e de defesa" nos últimos 25 anos e "definir os desafios e as principais tendências" para os próximos anos, participam também vários especialistas internacionais que vão falar de Portugal na Europa e no Mundo e de como o Mundo vê a Europa, em geral, e Portugal, em particular.

O programa, que se articula num formato de Congresso, prevê a realização de debates - "Europa: um Modelo para o Mundo?", "Grandes Linhas Estratégicas da Política Externa", "A Europa, os EUA e as Grandes Crises Internacionais" e "As Grandes Linhas Estratégicas da Política de Defesa" - e uma sessão temática sobre "Prioridades para a Acção Externa Portuguesa" organizada em torno de quatro eixos: África e Cooperação, Defesa e Segurança, Europa e Relações Bilaterais.

Na apresentação da iniciativa, Álvaro de Vasconcelos recordou a constituição do IEEI, em 1980, afirmando que o instituto "é um produto da crise de 1974-75" na medida em que foi criado a partir da tomada de consciência de que Portugal era influenciado pela política internacional - designadamente no contexto da Guerra Fria - e tinha influência em, pelo menos, parte do mundo.

O Instituto, que se assume como independente e não-lucrativo, foi também criado com o objectivo de abrir espaço à sociedade civil portuguesa na promoção e debate das grandes questões internacionais, até então reservada às instituições militares.

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