Costa condena quebra de consenso nacional de não haver aproveitamento político de tragédias

por RTP

Foto: Lusa

O primeiro-ministro considerou "lamentável que se tenha quebrado um consenso nacional que sempre existiu que perante tragédias desta natureza não haja aproveitamento político".

Quando confrontado com as críticas que Pedro Passos Coelho lhe dirigiu por exemplo no que toca ao funcionamento do SIRESP, António Costa disse que não ia reagir às declarações.

No entanto, acabou por dizer "custa-me muito ver pessoas, políticos responsáveis não resistirem à tentação de fazerem aproveitamentos políticos de dramas desta natureza", em vez de apoiarem quem está no terreno no combate às chamas.

O primeiro-ministro começou por deixar uma palavra de alento aos agentes da proteção civil e bombeiros. Considerou o atual panorama dos incêndios como "uma situação terrível" que é "o preço de anos de desordenamento florestal" e das condições meteorológicas.

António Costa argumentou que de 1414 incêndios que deflagraram desde a segunda-feira passada, 90 por cento foram controlados e relembrou que as autoridades têm feito inúmeras detenções de alegados incendiários.

O chefe do Governo lembra que o comportamento negligente é um dos maiores fatores de risco e lançou um apelo a que a população evite comportamentos perigosos junto da floresta.
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