Covid-19. ARS de Lisboa e Vale do Tejo cria 35 unidades de resposta

por Mário Aleixo - RTP
A região de Lisboa tem 35 unidades de saúde dedicadas à covid-19 Rafael Marchante - Reuters

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) vai abrir 35 unidades dedicadas à covid-19 nos cuidados de saúde primários, na sequência da entrada de Portugal esta quinta-feira na fase de mitigação da pandemia.

Em comunicado divulgado na última noite a ARSLVT explica que “procedeu à reorganização dos recursos humanos e materiais nos cuidados de saúde primários” em toda a região de Lisboa e Vale do Tejo, para criar estas 35 áreas dedicadas à doença provocada por um novo coronavírus (SARS-CoV-2).
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Estas áreas vão estar “reservadas a utentes com suspeitas” de infeção pelo SARS-CoV-2, e vão ser compostas por “duas salas de observação, com áreas de receção, de espera e instalações sanitárias separadas dos doentes” que não apresentem suspeitas de covid-19.

A nota adianta que cada uma destas unidades será constituída por “médico, enfermeiro, assistente operacional, administrativo e equipa de limpeza”.

A ARSLVT acrescenta também que deverão acorrer, preferencialmente, a estas unidades as pessoas que apresentem sintomas respiratórios e que tenham contactado previamente com a Linha SNS24.

A fase de mitigação da pandemia da covid-19 entrou esta quinta-feira em vigor e corresponde ao nível de alerta e de resposta mais elevado, segundo o Plano Nacional de Preparação e Resposta.

Esta fase é ativada quando as cadeias de transmissão estão estabelecidas no país, tratando-se de uma situação de epidemia ativa.
Fases de combate à doença
O Plano Nacional de Preparação e Resposta à doença pelo novo coronavírus estabelece as fases de resposta, que incluem três níveis e seis subníveis, de acordo com a avaliação de risco para a covid-19 e o seu impacto para Portugal.

Segundo o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS), a fase de mitigação, nível vermelho de alerta e de resposta três (a mais elevada de uma escala de três), corresponde à presença de casos de infeção com vírus da covid-19 em território nacional e divide-se aos subníveis de “cadeias de transmissão em ambientes fechados" e “cadeias de transmissão em ambientes abertos”.

Na fase de mitigação, as cadeias de transmissão do vírus que provoca a doença da covid-19 já se encontram estabelecidas em Portugal, tratando-se de uma situação de epidemia ou pandemia ativa.
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