Covid-19. Fenprof diz que já há 500 escolas com casos e exige reforço de medidas

A Fenprof alega que há já meio milhar de escolas com casos de Covid-19. Um agravamento, dizem os professores, que "exige medidas reforçadas de segurança sanitária e procedimentos coerentes".

RTP /
Imagem de arquivo Lusa

Em comunicado enviado às redações, a Fenprof diz que é "irresponsável da parte do governo e inaceitável para as comunidades educativas que, neste quadro epidemiológico agravado, as medidas de prevenção e segurança sanitária não sejam reforçadas, não haja coerência nos procedimentos decididos pelas autoridades de saúde e se mantenha uma prática marcada pela falta de clareza".

Para os professores, de forma a que as escolas continuem abertas, é preciso reforçar uma série de medidas.

Nas salas de aulas tem que ser "garantido o distanciamento adequado e não, apenas, os centímetros possíveis que resultam das normas impostas pelo Ministério da Educação". 

A Fenprof defende também que as escolas devem poder "contratar, de imediato, os assistentes operacionais que, neste contexto tão exigente, são necessários para assegurar os níveis indispensáveis de limpeza, desinfeção e segurança, nos exatos termos preconizados pela Direção-Geral da Saúde".

Pedem também um "reforço de equipamentos de proteção individual" e exigem que "perante a existência de casos de infeção, todos os contactos próximos, que partilharam espaços na escola, sejam testados".

De acordo com Federação Nacional dos Professores é crucial que "exista um protocolo que confira coerência e clareza aos procedimentos a adotar", sendo "incompreensível a disparidade dos que têm sido adotados para situações semelhantes".

A Fenprof quer ainda que seja "divulgado e atualizado um mapa das escolas onde existem casos ativos de Covid-19, com indicação do número e dos procedimentos adotados".

Sem estas medidas, os professores consideram que, "provavelmente, as escolas irão transformar-se num dos principais fatores de propagação da Covid-19 na comunidade". 

Nos próximos dias 5 e 6 de novembro a Fenprof vai reunir o "Secretariado Nacional, no qual avaliará toda a situação que se está a viver nas escolas", estando "em cima da mesa o eventual recurso a formas de luta, dando expressão à indignação e protesto dos professores e obrigando o governo a assumir as suas responsabilidades".
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